2017 foi, sem dúvidas, um dos melhores anos da história do Counter-Strike brasileiro. Mas, se na primeira metade do ano, o público verde e amarelo se empolgou com duas representantes atuando em alto nível, o segundo semestre começou mal para Immortals e SK Gaming.
A primeira, aliás, desmoronou subitamente após os incidentes de Montreal, enquanto a segunda não correspondeu às expectativas da torcida e acabou por despedir-se de João "felps" Vasconcellos poucos dias antes da disputa da EPICENTER 2017.
E, na tentativa de mostrar que ainda poderia ser a melhor equipe do planeta, a SK Gaming viu em Ricardo "Boltz" Prass o quinto elemento ideal para retomar o caminho das vitórias. O empecilho, contudo, parecia ser a falta de tempo.
A chegada do gaúcho ao elenco liderado por Gabriel "FalleN" Toledo poucos dias ante à prestigiada disputa - que contaria com 7 das 10 melhores equipes do planeta - deu-se poucos dias antes do início do campeonato e fez com que a SK aterrissasse em São Petersburgo com quase nenhum treino.
O tempo escasso, todavia, não foi empecilho na fase de grupos, onde a formação brasileira desbancou Virtus.pro e FaZe Clan com certa autoridade. Nas semifinais, triunfo sofrido - como manda o figurino tupiniquim - sobre a Astralis para carimbar o passaporte à decisão.
Do outro lado, a Virtus.pro buscaria vingança, credenciando-se para tal graças aos resultados positivos diante de Gambit, FaZe Clan e o dreamteam francês da G2. O calendário assinalava este mesmo 29 de outubro, mas de 2017, no dia que entraria para a história do CS:GO.
A finalíssima, porém, não começou bem para o esquadrão brasileiro, que sucumbiu por 16 a 10 na Mirage diante da impecável atuação do já veterano Filip "NEO" Kubski. A resposta à altura viria na Inferno, dominada pela SK e seu gênio Marcelo "coldzera" David por 16 a 6.
A Train, mapa que sacramentaria a virada brasileira começaria muito mal, com os poloneses abrindo 12 a 3 no lado contra-terrorista. O que NEO e seus companheiros não previram foi a remontada de FalleN e sua equipe, que buscaram o triunfo em uma dramática prorrogação por 19 a 16.
A Virtus.pro buscou o empate com um tranquilo 16 a 12 na Cache e levou a decisão para a Cobblestone. A decisão tomou tons mais do que fervorosos. À medida em que o marcador permaneceu estreito, foram os poloneses que chegaram antes ao matchpoint: 15 a 13.
Valente, a SK buscou a prorrogação e, mesmo vendo-se na desvantagem do 18 a 16 no OT, forçou mais um tempo extra graças ao milagre operado por FalleN e Boltz em 2v4. Na segunda das prorrogações, não teve jeito: 22 a 18 e taça no armário brasileiro.
O que temos para hoje? Saudades.