Os tempos certamente já foram bem mais generosos com o cenário brasileiro de Counter-Strike. Prova disso é que, nesta quinta-feira (26), completam-se três anos desde o último título internacional conquistado pela gigante MIBR.
Naquele 26 de agosto, mas de 2018, o MIBR chegava ao primeiro torneio após a pausa na temporada com status de favorito. No papel, a equipe era brilhante. O recém-chegado Tarik "tarik" Celik parecia ser tudo o que Jacky "Stewie2K" Yip precisava para mostrar todo seu potencial.
A dupla campeã de Major com a Cloud9 meses antes era acrescida pelo trio de ferro composto por verdadeiras lendas: Gabriel "FalleN" Toledo, Marcelo "coldzera" David e Fernando "fer" Alvarenga. A escalação que mesclava brasileiros e norte-americanos conquistaria ali seu primeiro e único título.
A ZOTAC Cup Masters 2018 ainda marcaria a estreia de Janko "YNk" Paunović na função de treinador. O sérvio chegara com o objetivo de recolocar o MIBR na primeira prateleira do CS:GO mundial, e com a conquista em Hong Kong, tal plano parecia ganhar forma.
No caminho até a finalíssima, a equipe do genioso FalleN massacrou a chinesa Flash, posteriormente controlando a sul-coreana MVP.PK para encontrar a polonesa Kinguin de Wiktor "TaZ" Wojtas e companhia na decisão.
E na MD5 que valia o título, não foram necessários mais de três mapas para que o MIBR fosse coroado campeão. Dust2 foi um passeio, 16 a 6. Cache seria o mais equilibrado palco, com 16 a 14 para a lendária tag. E na icônica Train? Virou passeio. Sonoros 16 a 1 para sacramentar a conquista.
Contudo, o que parecia ser um prelúdio de grandes glórias, um sopro de esperança para a torcida tupiniquim, provou ser na realidade um verdadeiro fogo de palha. Sem conseguir brigar por títulos maiores, menos de quatro meses depois, o MIBR optaria por construir um elenco 100% brasileiro, pondo fim à união com os norte-americanos.
O torcedor brasileiro era feliz, mas nao sabia.