+18. Aposte com responsabilidade. Odds sujeitas a alteração.

Guerri coloca playoffs como objetivo inicial da FURIA no Major, mas admite que "os adversários hoje estão mais fortes"

Treinador e assistente técnico falaram sobre expectativas e preparação do time para o Major de Estocolmo

por Gabriel Melo / 29 de Out de 2021 - 19:45 / Capa: Igor Bezborodov/StarLadder

Única equipe brasileira ainda disputando o PGL Major Stockholm, FURIA estreará no campeonato neste sábado, pelo Legends Stage. Em coletiva de imprensa, o treinador Nicholas "Guerri" Nogueira falou sobre as expectativas para o campeonato, dividindo-as em pessoal e profissional, sendo que nesta admitiu que os Panteras vivem um momento delicado e que os adversários estão mais fortes.

Continua depois do anúncio

"Tenho dois lados, o profissional e o pessoal. O pessoal a gente vai estourar a boca do balão, vamos para cima de todo mundo. Estou com um sentimento muito bom e estamos com uma vibe boa. Agora, quando paro para pensar no profissional, a gente vem de mudanças, o drop acabou de chegar ao time e quando mudamos um jogador, afeta bastante. Quando levo para o profissional, tenho que contabilizar o momento que estamos vivendo e o momento que estamos vivendo é mais delicado do que quando estávamos ganhando os títulos nos EUA, em 2021, com o HEN1", revelou.

Apesar das mudanças no time terem dado uma "prejudicada", na opinião de Guerri, "ao mesmo tempo deu uma equilibrada com a experiência que os outros (jogadores) trazem. Sincero, o treinador disse que a FURIA "quer o título. Todo campeonato que a gente entra, queremos o título, vamos buscar o título, mas os adversários, hoje, estão mais fortes que a gente. Quando vamos pegar uma Gambit, NAVI, são favoritos a ganhar o torneio".

Guerri, contudo, deixa claro que a opinião dele não significa que a FURIA está jogando a toalha: "Sem dúvida nenhuma a gente vai fazer os caras sangrarem, se a gente pegar eles. Isso de fato vai acontecer. Temos que dar um passo de cada vez e o primeiro passo é buscar os playoffs e, quando a gente buscar os playoffs, segura que a FURIA gosta de ser underdog".

A FURIA já sabe quem enfrentará na estreia do Major: Astralis, que começou o campeonato não muito bem, mas que se recuperou e avançou vencendo os três últimos duelos que disputou, dois contra os brasileiros de GODSENT e paiN Gaming.

Sobre esse duelo, o assistente técnico Marcos "tacitus" Castilho, desconversou dizendo que "a gente vem para o Major não pensando muito em que a gente vai pegar, mas pensando no nosso jogo e em como a gente vai performar". Opinando sobre os dinamarqueses, concordou que a "Astralis está, de fato, mais instável do que estiveram no passado. Estão com o Lucky no lugar do dev1ce, que era a maior estrela da equipe. Em termos de confiança, expectativa do jogo, não muda muito estarem 0-2 ou 3-2 no Challengers até porque todos os times que estão no Major, merecem estar aqui. Então, tem um repertório de dificuldade para qualquer time que a gente fosse pegar".

O assistente técnico disparou ainda que, "pessoalmente, não considero a Astralis que vamos jogar contra como a atual campeã porque, querendo ou não, o último Major aconteceu há dois anos e mudou muita coisa. Hoje em dia a gente enxerga um momento no CS em que os favoritos a ganhar são Gambit e NAVI. Astralis, às vezes, nem entra nessas discussões. Todo time no Major vai ser complicado e o fato de estarmos jogando contra Astralis é mais um time complicado no campeonato, mas não muda nenhuma expectativa nossa".

PRESSÃO MAIOR NO RMR DO QUE NO MAJOR

Na opinião de Guerri, a pressão sobre a FURIA foi maior no último Regional Major Ranking (RMR) norte-americano do que agora no Major. Fato este que, segundo ele, "é comum, apesar de que foi maior do que o normal".

"O drop tinha acabado de entrar no time, primeiro classificatório de Major dele. Foi um processo difícil porque o primeiro RMR que a gente jogou, basicamente, não valeu de nada porque este último, pela pontuação, valia tudo. A gente poderia muito bem não estar aqui se não fizessêmos uma boa campanha no RMR. Trabalhamos para jogar todos os campeonatos, mas também queríamos estar muito nesse Major. Sofremos muita essa pressão, mas conseguimos fazer um trabalho bem feito no México, nos classificando como Legends, em primeiro e sem perder nenhum mapa, o que deu muita confiança para o time", afirmou.

O PGL Major Stockholm é o terceiro Major da FURIA e, na coletiva, Guerri foi questionado se ele acredita que o atual elenco está mais preparado do que os que disputaram IEM Katowice 2019 e o StarLadder Major Berlin 2019. Na opinião do treinador, "é muito difícil dizer porque todos os Majors foram em momentos diferentes" e que 2019 foi o ano no qual "o time começou a aparecer para o grande público, grandes times e torneios";

"Você joga dois Majors nos quais você é um time inexperiente, você é um time que quase ninguém conhece e você consegue surpreender muitas equipes e pessoas. Quando a gente vem para esse major, somos um time mais consolidado, passamos um ano inteiro entre os dez melhores do mundo e, quando você está entre os dez melhores do mundo, é um pouco mais difícil você surpreender seus oponentes porque você sempre tá jogando os mesmo torneios, mas ao mesmo tempo a gente tem jogadores mais experientes. Individualmente falando, nosso time está mais preparado do que nos outros Majors", finalizou.

FURIA e Astralis jogam neste sábado às 9h45 (de Brasília). Esse e todos os demais duelos do Legends Stage do Major de Estocolmo poderão ser acompanhados na cobertura da DRAFT5.

+18. Aposte com responsabilidade. Odds sujeitas a alteração.

Saiba Mais Sobre