Uma das maiores personalidades do CS:GO no mundo, Alexandre "Gaules" Borba esteve presente na Jeunesse Arena pra acompanhar de perto e transmitir os playoffs da IEM Rio 2023. A DRAFT5 conversou com o streamer sobre o campeonato no Brasil, o que esperar do último Major de CS:GO, o Counter-Strike 2 e mais.
O Brasil recebeu pela primeira vez na história um Major e, menos de seis meses depois, hospedou mais um evento internacional da IEM. O Rio de Janeiro foi o lugar escolhido nas duas oportunidades e, apesar da chance do Rio se tornar a casa do CS no Brasil como acontece em Katowice e Cologne, Gaules acredita que o ideal é levar os campeonatos pra outras cidades fora do sudeste.
"Eu esperaria que fosse o Brasil a casa do Brasil no CS:GO e no CS2. Eu acho que eventos como Katowice e Cologne foram feitos há muito tempo e em países que talvez não tenham a proporção que o Brasil tem, que é continental. O que eu gostaria e esperaria, o meu desejo é que o Brasil fosse visto como a IEM Brasil. Eu acho que é uma oportunidade de você a cada 2 anos, nem que seja 5 anos, você mudar o evento de regiões. Imagino que seria muito legal ter as cidades se candidatando, ter o anúncio de onde serão as próximas edições."
"A gente tem o Rio de Janeiro, tem São Paulo, o sudeste. Mas tem o sul, o norte, o nordeste, tem muito lugar do Brasil que está louco pra receber um evento e fazer uma grande festa. Aqui na América do Sul, principalmente no Brasil, a ESL tem a oportunidade de fazer algo em um formato um pouco diferente do que já fizeram. A IEM Brasil seria algo muito mais legal pra todo mundo da região."
Com o fim da IEM, o próximo grande campeonato é a BLAST.tv Paris Major 2023. Sem nenhum grande favorito pra esta última edição no CS:GO, Gaules acredita que a FURIA pode conquistar seu primeiro Major.
"Acho que dá, no meu coração, ainda dá pra ser um time brasileiro, acho que a FURIA, hoje é o time que está mais estável aqui na nossa região. E eu acho que eles fizeram algumas mudanças, alguns conceitos eles estão mudando nos últimos campeonatos que tem surtido resultado. Por mais que vieram algumas derrotas recentemente, mas o jeito que a FURIA está jogando e a forma com que ela está conseguindo fazer partidas equilibradas, dependendo ali do dia, do momento, acho que dá pra FURIA trazer alguma coisa no Major de Paris."
O streamer que já esteve presente em várias eras do Counter-Strike, viverá uma nova jornada com o CS 2. O Major de Paris vai encerrar um capítulo que começou em 2012 e o brasileiro acredita que será um momento único.
"Vai ser uma emoção muito grande pra todo mundo que estiver acompanhando lá, em casa, em todo lugar. É um ciclo que vai ser fechado, vai dar espaço pra um jogo novo, pra novos times talvez, novos jogadores, jogadas e novas formas de jogar o jogo. Tem algumas mudanças que parecem que são poucas, mas no competitivo vai ter bastante impacto. Vai ser um momento bem emocionante pra todo mundo.
"A BLAST também é uma organizadora que consegue fazer grandes espetáculos e acho que vai ser um espetáculo muito bom de assistir."
Poucas coisas foram reveladas do CS2, mas leakers e dataminers descobriram inúmeras novidades que poderão chegar na versão final da atualização. Questionado o que a Valve pode fazer pra atrair novos jogadores, Gaules explicou que a desenvolvedora trabalha de um jeito diferente.
"A Valve tem um formato muito bom de conseguir trazer algumas novidades pro jogo, mas mantendo a essência. A pessoa que assistia CS há 20 anos, hoje ela assiste consegue entender as mesmas coisas. São praticamente as mesmas armas, mapas que eram de 20 anos atrás. Mas acho que assim, você conseguir modernizar o jogo, mas sem perder a essência, isso que a Valve consegue fazer e espero que ela consiga continuar fazendo isso."
Durante a pandemia da cobvid-19, Gaules teve um aumento nos números de espectadores e seguidores nas redes sociais. Com as pessoas em casa e de home office, o streamer se viu em um momento delicado. Em uma espécie de refúgio pra muitos, o criador de conteúdo recebeu pedidos de dicas e ajuda pra superar o momento difícil. Gaules explicou como foi equilibrar e ter essa responsabilidade com o público.
"É uma troca porque a companhia das pessoas, não só durante a pandemia, mas no dia a dia, pra mim também é muito importante. Então desde o começo das lives foi estabelecido uma relação de verdade, sentimento, de amizade e companheirismo, é natural que independente do momento essa relação continue sendo preservada. Acho que é isso que fica na minha cabeça de ser uma família, é uma comunidade, mas é tudo muito natural pra mim e acho que pra quem está assistindo."