Não importa qual versão do Counter-Strike você já jogou ou assistiu, uma coisa é certa: você já teve a oportunidade de vivenciar a ação que só a lendária Dust2 é capaz de protagonizar. Lar de confrontos históricos, o mapa certamente tem seus problemas, mas nem por isso deixa de ser o mais icônico palco na história dos FPS.
Apesar de com certeza possuir uma legião de fãs encantados por sua simplicidade, o mapa recebe muitas críticas por teoricamente favorecer equipes com uma mira mais afiada, não possuindo grande variedade tática. A FURIA, por sinal, é uma das equipes que historicamente evitaram jogar a Dust2, tendo-a como seu permaban há muito tempo.
A história dos furiosos no mapa, no entanto, teve um novo capítulo escrito neste sábado (10). Para a surpresa de todos, inclusive da mesa de análises da ESL, a composição capitaneada por Andrei "arT" Piovezan deixou em aberto a possibilidade de jogar o mapa contra a Heroic. Os dinamarqueses não titubearam, escolhendo-a como segundo mapa do entrave válido pelas semifinais da ESL Pro League S13.
Os mais desatentos talvez não perceberam o que aquilo representava: pela primeira vez em quase três anos, arT e suas tropas entrariam em ação na Dust2. Mais do que isso: esta seria apenas a terceira vez na história da organização que seu elenco jogaria o lendário mapa.
Anteriormente, a FURIA só havia ido à disputa do mapa em duas ocasiões distintas, ambas em um longínquo maio de 2018: uma contra a Virtue Gaming de Dener "KHTEX" Barchfield e companhia, e outra contra a Não Tem Como de Lincoln "fnx" Lau, Vito "kNg" Giuseppe e João "felps" Vasconcellos.
Nestas duas vezes, o resultado foi o mesmo: derrotas por 16 a 10 e 16 a 8, respectivamente. A única diferença para o elenco daquela época era Guilherme "spacca" Spacca ocupando a vaga que hoje pertence a Paytyn "Junior" Johnson.
Talvez o motivo pela inusitada aposta brasileira tenha sido o fato de que a Heroic também costuma evitar a Dust2. Sem disputá-la desde agosto de 2020, a equipe nunca havia jogado o mapa desde a formação de sua nova line-up, ainda em março, quando a equipe apostou nas contratações de Rasmus "sjuush" Beck e Ismail "refrezh" Ali.
Alegria de uns, tristeza de outros, a sina furiosa perdurou no confronto perante a Heroic, que viria a superá-los por 16 a 10, eliminando-os da competição de $750 mil.