Frankie decide se afastar de ESL e CS após investimento de fundo saudita

Repórter explicou a decisão no próprio blog

Foto: Viola Schuldner/ESL

Atualmente uma das mulheres referências no Counter-Strike, Frankie Ward surpreendeu a comunidade ao comunicar que decidiu se afastar da ESL e da modalidade, após a empresa ser comprada pela Savvy Gaming Group (SGG), controlada pelo Fundo de Investimento Público (PIF) do governo da Arábia Saudita.

"Tudo o que posso fazer é escolher me afastar do meu maior cliente e, praticamente, do Counter-Strike já que a maior parte do trabalho que faço é produzida pela ESL ou FACEIT, escreveu.

Frankie ainda relembrou do caso envolvendo a BLAST e o patrocínio que a organizadora iria receber da NEOM, projeto encabeçado pelo governo saudita e que recebeu muitas denuncias de que estava desabrigando tribos locais e - aparentemente - tirando vidas. Além disso, há o fato da Arábia Saudita ser considerada uma das nações mais ditatoriais do mundo, tendo em sua cartilha a perseguição à comunidade LGBTQIA+. Após pressão da comunidade, o investimento não aconteceu.

"Há alguns por aí que, rapidamente, chamam a mim e meus colegas de hipócritas, esquecendo que não nos posicionamos contra NEOM logo após o anúncio do acordo (com a BLAST). Também quero esclarecer que eu deveria trabalhar com a BLAST, mas desisti ao saber do patrocinador. Dê as pessoas tempo para processar. Suas suposições não refletem necessariamente a realidade", escreveu a repórter.

A repórter disse que, no momento, está processando mentalmente mais do que o acordo referente as compras e que, diferente do que fez na época de BLAST e NEOM, nesse caso não pode "fazer campanha" para que o acordo seja desfeito. Contudo, Frankie diz que tem esperança da SGG "seja mais um parceiro silencioso, procurando ganhar dinheiro ao invés de usar a nova plataforma para propaganda".

Frankie finalizou dizendo que a comunidade ainda a verá criando conteúdo durante a IEM Katowice porque foi um acordo fechado em 2021, ou seja, antes da venda da ESL. No futuro, a repórter pensa criar um canal no YouTube e focar ainda mais em stream.