2021 tem sido um ano verdadeiramente atípico para Egor "flamie" Vasilyev. Outrora costumado aos mais badalados palcos do Counter-Strike mundial, o russo vive hoje uma realidade bem diferente após encerrar seu ciclo junto à Natus Vincere.
Ele, que defendeu o gigante clube ucraniano por mais de seis anos, foi o escolhido para dar lugar ao prodígio Valerii "b1t" Vakhovskyi na escalação titular da equipe, ainda em abril. flamie, todavia, ainda manteve as esperanças de retomar a titularidade:
"Nos dois primeiros meses eu ainda esperei. Não estava claro se a nova line-up iria ter um bom desempenho. Se as coisas não corressem bem, eu poderia acabar retornando. Fiquei jogando PUGs, esperando, sem muito compromisso", disse à HLTV.org.
Os êxitos da Natus Vincere após a incorporação da joia da base ao elenco principal, entretanto, tiraram de flamie qualquer chance de voltar ao posto que ocupou entre os anos de 2015 e 2021. Para ganhar ritmo de jogo, ele então optou por representar a base da NAVI.
"Depois disso, eu descansei a cabeça por um mês. Depois, o ami (coach da NAVI Junior) me procurou e me deu essa chance de jogar com a base, ganhar alguma experiência com os treinos ao invés de fazer nada", contou.
Questionado sobre o atual elenco ser o melhor da história da Natus Vincere, flamie reconhece o que foi construído por seus ex-colegas de equipe e celebra os êxitos destes:
"Pelos resultados, fica claro que é a melhor da história da organização. É difícil comparar com os outros times que tivemos por ser muito diferente. Estou feliz por ver meus ex-companheiros formando um time tão forte e alcançando suas metas", garantiu.
O atleta de 24 anos ainda falou sobre os resultados obtidos em seus mais de seis anos de casa, mas lamentou o fato do clube jamais ter conseguido vencer um Major durante sua passagem pela escalação titular:
"No geral, fico satisfeito, mas as três finais de Major que perdemos... são partidas que marcaram. Às vezes me flagro pensando que poderíamos ter trabalhado mais, ou que se tivéssemos um pouco mais de sorte as coisas teriam sido diferentes", afirmou.
Por fim, o jogador traçou seus próximos passos, colocando um time de sua região como prioridade, mas deixando em aberto a possibilidade de atuar por um elenco internacional. Ainda segundo ele, o VALORANT não é uma opção.
"Tive algumas ofertas da Europa e do CIS. Queria um time CIS. Eu consigo falar inglês, mas no CS... Poucos times internacionais tiveram sucesso. Todavia, estou aceitando propostas da América do Norte e Europa também", assegurou.
"Uma coisa é certa, eu não vou migrar o VALORANT. Não gosto do jogo. Streamar ou virar analista? Esperava que fosse mais perto dos 30. Ainda sou jovem e tenho bastante energia. Ainda posso jogar CS profissionalmente", finalizou.