Mudar de função numa equipe pode ser um desafio, montar e liderar a Imperial e-Sports ao título do CBCS parecia ainda maior. Em entrevista a DRAFT, Denner “KHTEX” Barchfield falou sobre a montagem da Imperial, a confiança em alta e a realização de conquistar a vaga na StarSeries i-League na Turquia. No ano passado, ainda na Team Wild, o jogador conquistou a vaga na mesma StarSeries após vencer a GAMECON em Brasília, porém acabou deixando a equipe pouco antes do torneio. Dessa vez, o capitão da Imperial se mostrou grato pela confiança dos companheiros ao assumir o papel de awper e poder jogar internacionalmente. "O sonho de todo jogador é jogar lá fora, ser visto num grande campeonato. Meu time confiou em mim em vários aspectos, hoje jogo de AWP, uma função que nunca fiz, me dediquei muito e estou muito feliz de conquistar a vaga", afirmou. O time era indiscutivelmente o com maior bagagem no cenário de todo o campeonato. Mas não é só a idade que ajudou na campanha, segundo KHTEX, as principais questões foram a tranquilidade de jogar na LAN e a forma correta de preparação que eles possuem. "Acho que pesou nossa experiência, apesar dos mais novos serem bem calmos, isso que é bom do time. Eu, iDk, aDr também. Já passamos por muita coisa, sabemos a maneira certa de treinar, não "spammamos" CS sem qualidade, a gente sabe a maneira certa de se dedicar. E é LAN, ano passado ganhei 8 de 9 finais, me sinto muito à vontade", declarou. Desde o começo da equipe, já se via a Imperial figurando entre os favoritos. Muito por conta das caras já conhecidas do cenário e também pela experiência. Apesar desse status, KHTEX nega que o fato de serem um time novo deixava todos alerta. "O campeonato dava uma vaga internacional, não é sempre que tem isso no Brasil. Desde que ficamos sabendo da vaga, sempre miramos ela. Sempre falava para focarmos aqui porque só vencendo aqui poderíamos ir. Nunca pensamos em favoritismo, até por sermos um time novo", afirmou. A equipe ainda ganhou um reforço de peso na reta final do CBCS, Victor “iDk” Torraca acabou sendo trocado para o lugar de Victor “bld” Junqueira. Apesar de seguir como capitão, KHTEX também deu créditos a participação do ex-jogador da Team oNe durante as fases finais. "O iDk é muito bom de convivência, isso já ajudou muito. Ele ficou dois anos lá fora, tinham alguns detalhes de padrão de jogo que a gente não tinha por aqui. Eram coisas simples que eu nunca tinha pensado, então ele me ajuda muito, nessa questão de puxar a responsabilidade", comentou. Apesar de boa parte do time ter uma caminhada mais antiga, essa campanha da Imperial ficou marcada pela aposta em Eduardo “dumau” Wolkmer, jovem de apenas 16 anos que, segundo o capitão, foi uma de suas indicações durante a montagem da equipe. "O dumau foi um cara que eu fiz muita questão no time, quando estava parado eu via muito potencial nele. Quando cheguei na Imperial, pedi para darem um jeito de comprar esse menino. Ele é muito calmo, em clutches ele é o que melhor joga, então apesar da pouca idade ele já é bem maduro", garantiu. O primeiro mapa escolhido pela Imperial foi a Nuke, onde os imperadores haviam jogado somente duas partidas na fase de classificação e também na semifinal contra a Team Reapers. Apesar da pouca frequência, eles não tiveram dificuldades em nenhuma das quatro oportunidades. "Nuke nunca foi vetado, ninguém nunca deixava a gente jogar Nuke, quando deixaram, jogamos. Treinamos bem contra todos os times fortes como DETONA, paiN, W7M, então estávamos bastante confiantes", lembrou. Já o mapa decisivo para o título foi a Vertigo, recentemente modificada e jogada em sua versão atualizada nas finais do CBCS. Para o capitão da Imperial, a escolha do mapa pela Evidence só serviu para aumentar ainda mais a confiança da equipe no título. "Achei que faltou confiança para o time deles, vetaram Vertigo o campeonato todo e tentaram nos surpreender. No nosso caso, foi o mapa que treinamos a semana toda, íamos escolher mas eles acabaram pickando, foi ali que sabíamos que íamos ganhar o jogo", finalizou.