FalleN fala sobre momento da FURIA: "Somos um time em construção"

Após mais uma eliminação frustrante da FURIA, chegou o momento das explicações. Em uma live feita nas redes sociais oficiais da organização, o técnico da equipe, Sidnei "sidde" Macedo, e o capitão, Gabriel "FalleN" Toledo, responderam as principais perguntas dos torcedores e colocaram seus pontos de vista, em relação ao momento que a equipe está vivendo e também sobre a pressão feita pela comunidade.

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Primeiro de tudo, FalleN pediu paciência dos torcedores. Segundo ele, o time continua em construção. O jogador entrou na FURIA na metade da temporada de 2023 e está próximo de completar dois anos com a equipe.

"Estamos no processo de construção de time. Nós nunca conseguimos ser o time que queríamos, que é ser um time campeão. Vamos conseguir ser? Só o tempo vai dizer. Ninguém tem certeza de nada. Nós estamos aqui, tentando nos transformar em uma grande equipe. Precisamos viver em um mundo onde estamos insatisfeitos porque não chegamos lá, mas também satisfeitos com cada passo de evolução dado", comentou.

Entre as principais críticas apontadas pelos torcedores, estava a forma na qual os brasileiros tem jogado do lado CT (defensivo). Segundo FalleN, existe a necessidade de melhora, mas também, segundo ele, há coisas no jogo que ele, mesmo sendo capitão, não consegue controlar. Existem muitas variáveis desde a preparação até o momento de reagir ao que o adversário faz e, por isso, as dificuldades exitem.

"Eu acredito que como capitão, eu tenho mais facilidade de organizar o lado TR do time. Acredito que, quando você está pensando no que vai acontecer, você tem uma maneira de jogar que passa muito pela forma na qual ao penso. Com o passar dos meses, eu tenho percebido que o TR está encaixado. O CT traz outras necessidades, é possível você jogar uns rounds agressivos como é no TR, quando vocês está dominando as ações e o adversário precisa responder ao que você está fazendo. Mas é impossível você jogar mais de um mapa com o CT assim. Sem contar que no CT, você reage muito ao que o adversário está fazendo. Além de tudo isso, é um jogo de tiro, precisa clickar", explicou.

Outra questão feita foi a respeito da comunicação da equipe. Algo que também necessita melhora por parte da FURIA.

"A comunicação é determinante em muitas coisas. No CS, que é um jogo de milissegundos, ela sendo clara, ela beneficia muito o time. A comunicação pode oscilar. Ela é afetada por muitas coisas. A comunicação é uma coisa que a gente tenta melhorar constantemente. Acontece muito da comunicação influenciar, inclusive nas revisões dos jogos. Porque tu consegue entender qual foi a jogada feita por determinado jogador, que somente olhando a demo não é possível", comentou o professor, destacando que o mental também influencia demais nesse quesito. Algo que, segundo ele, em determinado momento da competição, ele não estava conseguindo controlar bem.

"No dia da partida contra o MIBR eu deixei a equipe na mão na questão mental. Não tenho problema de admitir isso, eu estou nessa há muitos anos e eu consigo identificar quando estou fazendo o meu melhor ou quando eu estou deixando a desejar. Eu fui para o jogo sem conseguir gerenciar as emoções que eu estava sentindo ali. Teve round que perdi totalmente por ansiedade e isso acaba afetando em muitas coisas, inclusive na comunicação, concluiu.

Para fechar, FalleN falou das cobranças e da forma como os torcedores têm pressionado os jogadores da FURIA. Segundo o Verdadeiro, isso tem mais atrapalhado do que ajudado a equipe em uma melhora.

"Se você olhar hoje como é a comunidade e como é a internet, você vai chegar a conclusão de que isso é um grande tiro no pé para a construção dessas equipes. A grande maioria de vocês, por algum motivo que eu não entendo, se comportam como se estivessem torcendo para o Barcelona do Messi o tempo inteiro e não respeitam o processo de construção dos times. Mesmo que eu entenda que vocês estão há muito tempo nos apoiando, uma parte pequena da comunidade, mas que é barulhenta, coloca muita pressão nisso. Isso mais atrapalha do que ajuda. A realidade é que os times brasileiros estão há um tempo em construção. Esse é o momento do CS brasileiro", finalizou.