FalleN comenta mudanças no circuito de CS e prega diálogo com a Valve: "Precisamos encontrar um balanço"

Professor discorreu acerca dos prós e contras do novo modelo estabelecido pela Valve

por / 01 de fev de 2025 - 14:00 / Capa: Paweł Bastrzyk/ESL

Em entrevista concedida à HLTV.org na tarde da última sexta-feira (31), logo após a classificação da FURIA à fase de grupos da IEM Katowice 2025, Gabriel "FalleN" Toledo discorreu acerca das mudanaçs no circuito mundial de Counter-Strike para a temporada:

"Sendo sincero, eu sinto que as mudanças feitas pela Valve tinham metas específicas, mas certas coisas não puderam ser previstas, então problemas vieram juntos. O tier 2 tem muitos campeonatos para serem jogados agora. Se você não é uma equipe top 25, top 20, você quase não tem motivos para jogar CS pela forma que o jogo está estruturado", contou.

"Sinto que o processo de classificação para os campeonatos vai começar agora, mas ele apenas faz o ecossistema ser ainda mais difícil para que pequenos clubes invistam no CS. No Brasil, por exemplo, sentimos que ter um time de CS é caro e difícil. Agora, tendo que começar do zero, duvido muito que alguém fará isso. É praticamente impossível", afirmou.

FalleN acredita que Valve precisa fazer ajustes no circuito mundial | Foto: Paweł Bastrzyk/ESL

Por mais que consiga ver o copo meio cheio, FalleN espera que a Valve siga trabalhando e dialogando com jogadores, clubes e organizadoras de campeonatos para fazer ajustes no circuito mundial:

"Sinto que há muita coisa boa nessas mudanças. Gosto de ver a Valve intervindo e ajudando a moldar o circuito, mas na contramão também vejo coisas que eu não gostaria que estivessem acontecendo. Já ouvi sobre times priorizando campeonatos", disse.

"Sabemos que as organizações precisam encontrar uma forma de se sustentar financeiramente. Se você não tem algo como o (Acordo do) Louvre, esses acordos com os clubes, não dá pra depender só de premiações", lamentou.

"A premiação vai majoritariamente para os jogadores e os clubes não podem depender apenas do modelo de negócio. Eu vejo as dores do lado de vista organizacional. É um assunto complicado, não vejo ninguém 100% certo, nem 100% errado, mas sinto que precisamos encontrar um balanço", explicou.

"Precisamos de novos clubes investindo no CS2, de novos times com oportunidade para se mostrarem e também precisamos que as grandes organizações se mantenham. Espero que a Valve siga se comunicando para que possamos ajustar as coisas com o tempo", finalizou.

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