Passando uma temporada forçada em solo brasileiro devido à pandemia de coronavírus, a
Sharks demorou para engrenar na volta ao Brasil, mas vem se consolidando como uma das grandes forças do cenário, fato refletido na campanha dos tubarões durante a fase de grupos da terceira temporada do
CLUTCH. Líder absoluta da competição, com 21 pontos somados e saldo de 7V-2D, a composição liderada por Jhonatan "
jnt" Silva parece ter finalmente estar mostrando seu real potencial. Buscando saber mais sobre o momento e a adaptação da equipe à essa realidade, a
DRAFT5 conversou de forma exclusiva com Raphael "
exit" Lacerda.
NEM FOI TEMPO PERDIDO
"
Nosso time vinha passando por uns problemas desde o início do ano, e acho que pela primeira vez nós estamos conseguindo focar apenas no nosso jogo e evoluindo a cada treino e partida. Tivemos uma conversa e queremos que esse final do ano seja positivo para não ser um ano totalmente "perdido", pois tivemos que desistir de vários campeonatos e voltar ao Brasil por conta da pandemia", explica. Desde o retorno da equipe ao Brasil, alguns dos problemas da equipe resumem-se à instabilidade da line-up, que sem conseguir se encaixar com Olavo "
heat" Marcelo, hoje na
RED Kalunga, optou por apostar no ex-
Vivo Keyd Mateus "
supLex" Miranda, indicação do próprio exit.
supLex foi indicado por exit à Sharks, após se destacar por suas performances na LPL | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5 "
O supLex é um jogador que está sempre ouvindo as críticas e tentando melhorar o seu jogo, e isso é um dos pontos mais positivos em um jogador, na minha opinião. Na época em que o contratamos nós estávamos em busca de um jogador para completar o CBCS para nós, e eu o vi se destacando na LPL e indiquei ao time, que gostou da ideia. Assim, fomos atrás dele", conta o jogador de 24 anos.
DEMOROU A EMPOLGAR
O reforço dos tubarões chegaria como peça de reposição para a terceira temporada do
CBCS,
onde a equipe não conseguiria passar pela metódica Redemption POA, que derrubaria o favoritismo adversário para ir à decisão contra a
BOOM, eventual campeã. Por sinal, os resultados abaixo das expectativas se estenderiam pelo
Redragon Challenge 2020, onde a equipe sucumbiria por duas vezes perante à
paiN nos
playoffs de dupla eliminação, terminando na quarta colocação do torneio e ficando de fora da
Gamers Club Masters V, campeonato de maior prestígio do cenário nacional.
Para exit, ficar de fora da Masters foi um baque sentido pela equipe | Foto: fraglider.pt "
Na semifinal do CBCS perdemos pra um time que jogou melhor que a gente, não tenho muito a falar sobre essa partida. A vaga na Masters foi dura de não conseguir, pois perdemos duas partidas e essas duas para a mesma equipe, a paiN, que se tornou uma pedra no nosso sapato (risos)." "
Mas acho que a equipe ainda era muito nova com o supLex, não tínhamos tanta coisa juntos e acho que agora nós evoluímos bastante. Espero que a gente consiga mostrar uma equipe mais estruturada que do que há três meses atrás", afirma.
SEM FAVORITISMO
Apesar da boa campanha da
Sharks na etapa inicial do
CLUTCH S3, exit não enxerga um favoritismo muito bem definido para a fase decisiva: "
Acho que favorita não. Hoje no Brasil não creio que haja um favoritismo claro de nenhuma equipe para vencer campeonato, tirando a BOOM", analisa. Apesar do retrospecto recente e da bagagem internacional, exit não enxerga sua equipe como franca favorita | Foto: fraglider.pt Quatro pontos separaram a primeira colocada,
Sharks, da quinta,
W7M, no torneio. O equilíbrio do campeonato é respaldado pela fala de exit: "
No CLUTCH, qualquer equipe que passou para os playoffs pode se consagrar campeã. Resta à gente trabalhar mais do que eles e jogar o nosso melhor CS."
PLANOS FUTUROS
Já na reta final da entrevista, sem dar muitos detalhes, o brasileiro contou mais sobre os planos futuros de sua equipe: "
Nada está certo, mas posso te afirmar que em 2021 nosso objetivo é voltar para o exterior, especificamente os Estados Unidos. Nossa equipe não pretende continuar no Brasil após o fim da pandemia", revelou.