Dentre algumas das principais mudanças nas equipes da mais alta prateleria do Counter-Strike mundial, a chegada de Robin "ropz" Kool na FaZe Clan certamente é uma das mais impactantes nesse começo de temporada.
As expectativas acerca do elenco europeu mostram-se altas. A promessa do estoniano ser a peça que faltava no quebra-cabeças de Finn "karrigan" Andersen faz todo o sentido. Mas é claro, será necessário tempo para que a FaZe Clan encaixe tais peças:
"Creio que de Katowice em diante, passaremos a desempenhar o que esperamos de nós mesmos. Não o nosso pico, mas temos que estar no top 5 em alguns meses. Trocamos apenas o olofmeister pelo ropz, não mudamos todo o time", ponderou karrigan em entrevista à HLTV.org.
A equipe, aliás, não passou por um bootcamp ante ao início da BLAST Premier: Spring Groups 2022, embora tenha mostrado serviço na competição, desbancando equipes como Liquid e Vitality no certame. A opção, todavia, tem explicação:
"Não sabíamos se conseguiríamos ter o ropz já no começo da temporada, foi uma negociação longa. Não era certo que ele chegaria em janeiro. Faremos um bootcamp após o fim da BLAST em preparação para Katowice", garantiu karrigan.
Segundo o renomado In-Game Leader, seus primeiros meses de FaZe Clan foram duros, afinal, ele ia vendo seu ex-time ascender no ranking mundial ao mesmo tempo em que sua nova casa desmoronava pouco a pouco:
"Nos primeiros meses era tipo: 'm****, não estamos indo bem'. A MOUZ estava ganhando a Flashpoint e nós não estávamos ganhando m**** nenhuma. Naquele tempo, eu não estava conversando com o ropz, mas depois de Cologne, que alcançamos uma certa estabilidade no top 10, começamos a nos falar", relembrou.
Segundo karrigan, as tratativas em prol da chegada de ropz não foram nada fáceis, mas o período em que os dois trabalharam juntos sob o banner da alemã MOUZ acabou falando mais forte do que as propostas de G2 e Team Liquid ao estoniano:
"Eu queria trazer o ropz desde o meu primeiro dia aqui. Não era possível, o contrato era longo. (...) Eu sei das ofertas que ele tinha na mesa, bons times, mas ele sabia o que iria consiguir comigo. Ele sabe que vou fazer de tudo para deixá-lo confortável", assegurou o capitao.
"Todos estão na mesma página. Falei a ele que faria sentido ele vir para cá. Estou feliz por ele ter vindo. Eu estava nervoso no começo, ele estava recebendo boas ofertas no fim do ano, mas eu sentia que estávamos conectados de uma forma especial", ponderou.
"O jeito que eu enxergo o jogo, o trabalho duro, sempre tentando elevar o nível um do outro. Creio que ele sentiu falta disso quando eu saí da MOUZ", finalizou karrigan.