"Eu acredito que não tenha uma solução", FalleN sobre cheaters no Premier do CS2

Professor opinou que a discussão é complexa e passa por coleta de dados

Foto: Divulgação/FURIA

Nem mesmo os jogadores profissionais estão escapando de partidas com a presença de cheaters nos servidores oficiais da Valve. Em uma de suas últimas transmissões, Gabriel "FalleN" Toledo se deparou com um trapaceiro no MM e deu sua opinião sobre hackers no CS2.

Segundo o Professor, o problema de cheaters não é algo exclusivo do novo jogo da Valve. Com mais de uma década de carreira no Counter-Strike, FalleN ainda aponta uma visão um pouco mais pessimista quanto a uma possível resolução do problema.

"O CS sofre com isso daí desde que o CS é CS. Eu acredito que não tenha uma solução com as tecnologias que já existem. Porque como que funcionou nesses últimos anos, alguém ganha dinheiro porque desenvolve programas de trapaças que alguém quer usar."

Com um tom de deboche quanto aos desenvolvedores de trapaças, FalleN prossegue em sua análise da questão de cheaters nos jogos.

"Então você é um programador, você fala 'cara, eu vou usar esse meu talento que eu tenho para programação, vou criar uma coisa super legal. Vou criar uma coisa para o elemento roubar os outros elementos'. Aí você coloca uma grana no bolso oriunda de uma atividade maravilhosa como essa."

Partindo para um lado mais técnico, o Professor segue na explicação de porque os hackers são um problema de difícil solução. Ele aponta que os desenvolvedores de anti-cheats definem um nível de "intrusão" na máquina dos usuários para detectar as trapaças.

"Se você quiser ter um acesso mais 'deep' aí no PC do cara, você vai ter mais chance (de detectar trapaças). Então, por exemplo, quando você instala um anti-cheat de terceirizadas, normalmente essas plataformas têm algum problema de anti-cheat. Porque esses programas vão entrar mais profundamente no seu PC para poder encontrar esses cheaters."

Ele segue ao falar que o tópico é complexo, que diz respeito à conduta das empresas e de que os jogadores estejam cientes do que eles estão aceitando. Por fim, FalleN diz que não acredita que a Valve vá optar por um anti-cheat mais profundo, mas que a empresa está tentando se atualizar com tecnologias mais recentes.

"Eu acho que a Valve está apostando em um outro caminho. Eu já escutei algumas coisas sobre isso daí, que eles estão criando uma identificação com tecnologias que até então nos últimos vinte anos não estavam muito presentes, principalmente a tecnologia de inteligência artificial."