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Especialista do Exército Britânico analisa armas do Counter-Strike e diz o quão real elas são

Responsável pelo acervo do Exército Real Britânico, Jonathan Ferguson falou sobre as armas do FPS

por Lucas Benvegnú / 29 de Jul de 2021 - 19:00 / Capa: Reprodução/GameSpot

Não é segredo para ninguém. Ao mesmo tempo em que é um jogo de mecânicas simples e amigáveis até mesmo aos novatos, o Counter-Strike carrega consigo uma inestimável complexidade em seus níveis mais altos. E a pergunta que fica agora é: o quão realista é o CS:GO?

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Bom, é fácil dizer que não muito, certo? Entretanto, a explicação vai muito além disso. Foi buscando obter a resposta para esse questionamento que o GameSpot entrevistou Jonathan Ferguson, especialista em armas e um dos principais nomes por trás do acervo de artilharia do Exército Real Britânico.

A primeira arma a ser analisada pelo profissional foi a clássica Desert Eagle, lá do CS 1.6, sobre a qual ele levantou uma curiosidade logo de cara: "Se eu não estou enganado, o termo, a abreviação 'Deagle' surgiu do jogo", relembrou.

"O Counter-Strike fez um bom trabalho para a época, os gráficos originais mostram bem isso. No entanto, a Desert Eagle da vida real é mais reta, e a do jogo, mais arredondada", apontou. O britânico, inclusive, admitiu ser um fã assíduo da franquia da Valve:

"Eu lembro de jogar muito CS antigamente. Foi um dos poucos jogos em que eu usei a Deagle", contou. Já analisando a clássica e imponente AWP, Jonathan evidenciou outra curiosidade da versão original do clássico FPS que causou uma certa discrepância em relação à sniper da vida real.

O Counter-Strike original teve seus modelos de armas trabalhados para jogadores que utilizassem a mão esquerda dentro do jogo. No entanto, é de conhecimento geral que a maior parte dos jogadores preferem a mão direita, o que acabou fazendo com que as texturas tivessem de ser simplesmente espelhadas.

Apesar da maioria dos jogadores serem destros dentro do jogo, CS foi programado para os canhotos | Foto: Reprodução/ValveApesar da maioria dos jogadores serem destros dentro do jogo, CS foi programado para os canhotos | Foto: Reprodução/Valve

Em relação à TMP do clássico 1.6, Ferguson analisou: "Não é um modelo ruim para a época, é um pouco quadrado só. O estranho mesmo é ela parecer uma arma de raios pelo barulho. Pew, pew, pew", brincou. "A munição também é diferente, mas creio que seja pelo balanceamento", disse.

As Berettas Duplas, na opinião do britânico, não seriam nada eficientes em um combate no mundo real: "O Akimbo é uma coisa que você nunca fará, ao menos que você esteja em uma emergência, em um ambiente muito apertado, onde você tem duas pistolas e tem apenas uma chance de atirar no inimigo", explicou.

A Negev foi uma das que mais contrariaram sua correspondente no mundo real, conforme contou Ferguson: "É muito portátil, mas talvez isso seja algo do gênero FPS em geral, as LMGs se parecerem muito com rifles de assalto", disse.

Já a icônica Colt do 1.6 foi outra a não escapar de alguns puxões de orelha do especialista: "Vamos desconsiderar o lado das coisas, porque no CS tudo foi feito para canhotos", lembrou. No entanto, algumas animações de reload e tiros acabaram mostrando diferenças mais notáveis.

Já a AK-47 foi perdoada por Jonathan devida às limitações dos tempos de 1.6: "O Counter-Strike original tem modelos bastante simples, não se movem nem nada, são texturas retas e sem detalhes", contou. Apesar disso, a versão do CS:GO recebeu elogios do britânico:

"Temos um AKM, especificamente aqui, com o trilho lateral e tudo mais. Os gráficos melhoraram muito, os detalhes, a fidelidade ao mundo real. Tudo é mais convincente", finalizou.

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