ESL rompe vínculo com organizações da Rússia; Gambit e VP são barradas da EPL S15

Jogadores russos poderão disputar sob tag neutra, sem representar o país ou os patrocinadores

Foto: Josip Brtan/HLTV.org

O cenário de CS:GO tem se mostrado bastante afetado devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Nesta quarta-feira (2), a ESL comunicou que organizações com vínculos ao governo russo serão impedidas de disputar a ESL Pro League Season 15, que começará dia 9. Sendo assim, os clubes da Gambit e Virtus.pro não poderão participar do torneio.

"Na próxima ESL Pro League, que é regida pelas equipes participantes e pela ESL, tomamos a decisão conjunta de que organizações com vínculos aparentes com o governo russo, incluindo indivíduos ou organizações sob supostas ou confirmadas sanções da União Europeia relacionadas ao conflito, não poderão ser representadas (atualmente identificamos duas equipes - Virtus.pro e Gambit)."

"Reconhecemos que os jogadores não são cúmplices dessa situação e não achamos que seja do espírito dos esports impor sanções a jogadores individuais. Os jogadores da Virtus.pro e Gambit são, portanto, bem-vindos para competir com um nome neutro, sem representar seu país, organização ou patrocinadores de suas equipes em suas roupas ou de outra forma."

A ESL ainda comunicou que em respeito ao momento delicado, todas as competições programadas para acontecer na região CIS, foram pausadas e serão jogadas posteriormente. A empresa comunicou que tomarão outras decisões à medida que a situação evoluir.

A competição da EPL S15, que será disputada presencialmente em Cologne, terá uma premiação total de $823 mil. Tanto a Gambit quanto a VP se classificaram para o torneio por meio do ranking mundial da ESL. A Gambit estava presente no Grupo C, enquanto a VP estava no Grupo B.

Com a exclusão dos times, os jogadores ainda poderão competir sob uma tag neutra. Nenhuma das duas organizações se manifestou sobre o comunicado até o momento da publicação desta matéria.

Entenda o conflito

Os ataques da Rússia contra a Ucrânia foram ordenados pelo presidente russo Vladimir Putin, às 23h57 (horário de Brasília) do último dia 24 de fevereiro. Agências internacionais de notícias relataram que houve explosões em diversas regiões, inclusive na capital, Kiev. Segundo o Kremlin, a ação militar visa cumprir a promessa de apoiar as autoproclamadas "repúblicas de Donetsk e Lugansk" no leste, e havia reiterado que não ocuparia o território ucraniano por completo.

Enquanto isso, o exército russo progride em direção a sede do governo e baixas são contabilizadas. Segundo o governo da Ucrânia, mais de 300 civis já padeceram, milhares ficaram feridos e mais de 800 mil fugiram do país em meio ao conflito.