ESIC revela cooperação com Riot em casos de matchfixing no cenário norte-americano

"35 atletas e 6 ou 7 equipes" estariam sendo investigadas pela Comissão

por / 01 de set de 2021 - 16:30 / Capa: Divulgação/ESIC

Há mais de um ano, a ESIC - Esports Integrity Commission - em português, Comissão de Integridade dos Esports - vem realizando um incansável trabalho para garantir a segurança do cenário profissional de Counter-Strike.

Das investigações à cerca do infame "bug do coach", passando pelas preocupações com o stream-sniping, chegando ao recente imbróglio envolvendo Nicolai "HUNDEN" Petersen. O cenário parece, definitivamente, uma cebola podre. E quando o assunto é matchfixing, o buraco é ainda mais profundo.

Ian Smith, da ESIC, revelou que a Riot Games vai colaborando com as investigações | Foto: Divulgação/HLTV.org

Conforme revelado por Ian Smith, um dos principais nomes da ESIC, em entrevista ao HLTV Confirmed, a Comissão segue incessantemente as investigações acerca de possíveis combinações de resultados na divisão norte-americana de ESEA Premier S35.

A inquirição, por sinal, contaria até mesmo com a colaboração da Riot Games, dado o fato de que alguns dos possíveis envolvidos teriam migrado ao VALORANT.

"Na América do Norte, a coisa é ainda mais séria. É o que eu chamaria de matchixing clássico. Em outras palavras, os jogadores recebem propina de sindicatos de apostas para entregarem os resultados, ao invés de fazerem isso por conta própria", revela.

"Estamos investigando 35 jogadores, 6 ou 7 times. Estamos chegando lá, sem dúvidas. Há muito material à nossa disposição, mas levará tempo. Temos acesso a recursos fantásticos", aponta. "Muitos desses atletas, sabendo que estavam na m**** no CS:GO, tentaram rumar ao VALORANT ou simplesmente desaparecer", disparou.

"Não estamos apenas trabalhando com o Counter-Strike. Estamos tendo uma colaboração enorme da Riot e do VALORANT em si", pontuou. As investigações acerca do matchfixing praticado na América do Norte, por sinal, não são nada recentes.

Ainda em outubro de 2020, a Comissão prometeu dar um parecer "em breve" acerca do polêmico tema. Contudo, a promessa jamais fora cumprida, com a investigação voltando aos holofotes na última terça-feira (31) graças à fala de Ian Smith.

O cenário norte-americano, entretanto, já viu os primeiros resultados das investigações ganharem forma na última semana, quando dois atletas receberam banimentos de cinco anos por terem supostamente tentado combinar um resultado.