Em meio a conflitos, s1mple revela que se mudou para a Polônia e afirma: "não tenho vontade de jogar"

Com o objetivo de se sentir mais seguro em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, Oleksandr "s1mple" Kostyliev revelou que se mudou para a Polônia. Durante uma transmissão na Twitch realizada na última quarta-feira (2), o jogador aproveitou para conversar com o público sobre a situação e revelar que não tem tido vontade de jogar Counter-Strike ou fazer streams.

Apesar de nenhuma informação ter sido divulgada pela Natus Vincere, a fala de s1mple dá a entender que não apenas ele, mas todos os jogadores da organização estão na Polônia. Isso porque, segundo ele, a guerra faz com que seja impossível voltar para casa.

"Agora eu estou na Polônia. Nós nos mudamos logo após a IEM Katowice 2022. Depois de Katowice, decidimos que todos nós queremos ir para casa, mas como há uma guerra acontecendo na Ucrânia, é impossível chegar lá. Eu quero agradecer à Kinguin, organização polonesa que nos ofereceu acomodação totalmente gratuita para qualquer período. Muito obrigado".

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Mesmo sendo desejo de s1mple, a volta para a Ucrânia seria um pouco mais complicada do que ele gostaria. Isso porque, de acordo com dados do Flightradar, no momento em que este artigo é escrito, não há nenhum avião sobrevoando o país ou a fronteira próxima com a Rússia. Desde a última semana, o espaço aéreo está totalmente fechado.

Além disso, voltar para a Ucrânia mesmo por terra pode significar um destino diferente do que s1mple gostaria de ter. Após o início da guerra com a Rússia, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky decretou uma Lei Marcial, que afirma que todos os homens ucranianos ou naturalizados com idade entre 18 e 60 anos estão proibidos de deixar o país, sendo convocados para a guerra.

No meio a esse caos, s1mple revela ter passado grande parte do tempo com o telefone nas mãos para ter notícia de familiares e amigos. Por isso, afirmou que anda sem vontade de jogar Counter-Strike e salientou o desejo de voltar a ver seus parentes.

"Ultimamente não tenho vontade de jogar. Estou no telefone o tempo todo. Ontem foi aniversário da minha mãe. Claro, ela comemorou com as luzes apagadas, porque a qualquer momento algum tipo de foguete voa para o nosso país. Estou na Polônia e não sei o que vai acontecer a seguir. Não sei onde vou morar... Eu espero ver a minha família. Quando você está longe de casa, pensamentos terríveis aparecem na sua cabeça", disse.

Os ataques da Rússia contra a Ucrânia foram ordenados pelo presidente russo Vladimir Putin, às 23h57 (horário de Brasília) do último dia 24 de fevereiro. Agências internacionais de notícias relataram que houve explosões em diversas regiões, inclusive na capital, Kiev.

Segundo o Kremlin, a ação militar visa cumprir a promessa de apoiar as autoproclamadas "repúblicas de Donetsk e Lugansk" no leste, e havia reiterado que não ocuparia o território ucraniano por completo.

Enquanto isso, o exército russo progride em direção a sede do governo e baixas são contabilizadas. Segundo o governo da Ucrânia, mais de 2 mil civis já padeceram, centenas ficaram feridos e mais de 1 milhão fugiram do país em meio ao conflito.