ELEAGUE Major Boston 2018: Legends – Sem Boltz e com Felps, SK tenta o tricampeonato

Mesmo com um complete, a SK vem como uma das grandes favoritas ao título

por Luiz Fernando Costa / 11 de jan de 2018 - 20:33
O poderoso time brasileiro chega como um dos grandes favoritos da competição. Por ter ganho oito campeonatos no decorrer de 2017, a SK Gaming se posicionou quase sempre em primeiro no ranking de melhores do mundo na HLTV. No entanto, de várias competições vencidas no ano passado, a equipe não conquistou nenhum dos dois Majors disputados, o que pode ser um incentivo a mais para o quinteto nessa competição. Contudo, a SK não vem com sua formação padrão, o que pode ser um problema em uma competição de nível altíssimo como o Major.

Gabriel "Fallen" Toledo
Epitácio "Taco" Filho
Marcelo "Coldzera" David
Fernando "Fer" Alvarenga
João "Felps" Vasconcellos

O ano de 2016 foi magnífico para a equipe brasileira. Além de conquistarem dois Majors, os vários outros torneios também ganhos transformou o quinteto em uma das melhores equipes do mundo, e tamanho destaque também foi reconhecido pela HLTV em seu top 20 players, com a SK tendo quatro relacionados (inclusive o de melhor jogador para Marcelo “Coldzera” David, e o de 2º melhor para Gabriel “Fallen” Toledo).

No entanto, um grande número de vitórias não significa estabilidade interna. Ainda no final daquele ano, a equipe anunciou a saída do veterano Lincoln “Fnx” Lau, o que pegou todo o cenário de surpresa. No início de 2017, o time teve a dura tarefa de defender o titulo de campeão do Major com um complete, e o escolhido foi o português Ricardo “Fox” Pacheco. Durante a competição, Fox se mostrou excelente, ajudando bastante seus companheiros, mas isso não foi o suficiente para a SK se sagrar campeã, e o time caiu na semi-final para a lendária Virtus.pro.

Após a competição, o time não demorou para anunciar seu quinto jogador. João “Felps” Vasconcellos, destaque da Immortals na época, foi o nome escolhido. Sendo um jogador bastante agressivo, Felps se mostrou um verdadeiro terror para as equipes adversárias, e não demorou muito para os primeiros títulos do ano virem. O descontraído CS_Summit foi o primeiro, e após ele outros quatro viriam a ser somados ao vitorioso histórico da equipe. Apesar de um desempenho no geral considerado bom, no final do ano o time teve alguns tropeços, e Felps pediu pra se retirar da formação.



Mas o que viria a fazer um jogador tão talentoso pedir para sair de uma das melhores equipes do mundo? Bom, primeiramente precisamos entender melhor a formação tática da equipe. Liderada pelo icônico Fallen, que é considerado um dos melhores (se não o melhor) In-Game Leaders do mundo, a SK se tornou referência quando o assunto é qualidade tática, sendo um exemplo a ser estudado (e copiado).

Já o melhor jogador de 2016 (e possivelmente repetindo a dose em 2017), Coldzera, se mostra um jogador completo. Além de ser um excelente assalt, Cold também se mostra um excepcional awper, ou seja, esbanjando versatilidade com as ferramentas do jogo, e também protagonizando belíssimas jogadas. Outro jogador bastante importante na SK é Epitácio “Taco” Filho, o entry-frager sempre foi bastante elogiado por seus companheiros de equipe e também outros jogadores profissionais, que o vêem como uma referência na posição. No entanto, a comunidade costuma direcionar a Taco quase todas as críticas quando a equipe tem um mal desempenho, o que reflete a grande ignorância que rodeia o nosso cenário.


Fernando “Fer” Alvarenga tem um estilo de jogo quase que único no mundo inteiro. Desde que começou a se destacar no cenário internacional, a agressividade de Fer o transformou em um dos melhores do mundo, sempre “rushando” nos momentos mais improváveis e quebrando a formação das equipes adversárias que quase nunca estão preparadas para esse tipo de jogada. É aí que o problema relacionado a Felps entra, o jogador também tem uma característica muito agressiva, e isso acabou quebrando a harmonia do time, já que isso fazia com que eventualmente a SK perdesse dois jogadores logo no início dos rounds, ou os obrigava a restringirem seu estilo de jogo, o que prejudicava o desempenho deles.

A escolha do time para substituir Felps foi Ricardo “Boltz” Prass, que logo de cara se mostrou a escolha certa. O primeiro torneio de Boltz na SK, a Epicenter 2017 (que aconteceu no final de outubro), terminou com o quinteto brasileiro sendo campeão, e até o final do ano eles levantariam o troféu mais duas vezes. Boltz era a peça-chave para o equilíbrio do time, sendo um jogador com característica mais defensiva e com uma mira excelente.

Tudo isso colocaria a SK como a favorita em definitivo para o Major, o problema, é que a história vai se repetir. Boltz não poderá jogar o campeonato pelo time, e novamente a equipe contará com um complete. Felizmente, esse complete será Felps, com quem o time já tem bastante afinidade, já que eles jogaram juntos pela maior parte do ano, então, resta a nós torcermos pelo sucesso do quinteto.

A Draft5 fará a cobertura completa do Eleague Major Boston 2018, a fase dos Legends começará só no dia 19 de janeiro, porém no dia 12 já começam as partidas da fase preliminar. Curta a Draft5 no Facebook.

Foto capa: HLTV

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