Dupla brasileira de casters busca financiamento coletivo para o GIRL GAMER Festival em Dubai

Evento que ocorre na metade de dezembro pode marcar primeira aparição de mulheres brasileiras na cobertura

por Abner Bento / 14 de Nov de 2019 - 19:51 / Capa: Divulgação/BBL
Pioneiras no Brasil no casting feminino, Babi Micheletto e Fernanda Piva agora buscam expandir os horizontes para os torneios internacionais. A dupla lançou em outubro uma campanha de financiamento coletivo para a cobertura das finais globais do Girl Gamer Festival, que ocorrerá dos dias 11 a 14 de dezembro e terá a presença das brasileiras da INTZ.

As casters já possuem alimentação e hospedagem garantida, sendo a campanha apenas para custear as passagens da dupla. A cobertura seria marcada como o primeiro evento internacional feito por mulheres brasileiras.

Sobre  a motivação da campanha, Babi ressaltou a vontade de cobrir o campeonato de forma completa, passando por todas as etapas online até a grande final.

“Fizemos a cobertura de todos os qualifiers online do Girl Gamer, em Sydeny, Madri e o presencial em São Paulo. Então queríamos fazer o campeonato todo. Queremos valorizar o cenário feminino, trazer toda a cobertura completa de pré-jogo, preparação e pós-jogo das meninas da INTZ”, afirmou.

Outro ponto foi a grande aceitação da comunidade, que vem incentivando bastante a dupla a conseguir a quantia necessária para representar o Brasil nos Emirados Árabes.

A reação da comunidade não poderia ser melhor, assim que postei recebemos muitas mensagens de apoio de toda a comunidade. Ficamos muito felizes com isso, até lançar a campanha estávamos um pouco inseguras de não ter atenção, mas muita gente nos procurou para ajudar de alguma forma”, lembrou.

Para a comentarista Nanda, a experiência de Claudia “santininha” Santini e o uso de utilitários da equipe das intrépidas pode ser um fator decisivo no sucesso da equipe brasileira.

“É o primeiro presencial mundial desta line e a Santininha, que tem experiência de campeonatos internacionais, pode trazer toda essa calma para suas companheiras. Uma coisa que reparei em realizar a transmissão dos qualifiers é que os times estrangeiros não utilizavam muito bem os utilitários, e isso com certeza a INTZ faz muito bem, podendo ser um diferencial imenso”, analisou.

Ela ainda destacou a importância de um campeonato mundial que tenha como foco principal as mulheres e que mostra que isso pode ser viável.

“Para o cenário como um todo, a visão que o Girl Gamer trás é que podemos ter campeonatos 100% focados em times femininos. Às vezes o que precisamos é de um campeonato que trate as mulheres como prioridade, não como uma segunda opção e isso com toda a certeza o Girl Gamer fez”, completou.

Apesar de ter arrecadado apenas 12.5% da meta estabelecida, Babi segue confiante de que conseguirão alcançar o valor e realizar a cobertura.

“Estamos sim muito confiantes, já tivemos a Ana Xisdê como comentarista, mas acredito que como narradora eu seria a primeira. Um mundial como esse também incentiva as equipes femininas a terem mais continuidade, um objetivo maior. Trazer essa experiência internacional vai ser muito importante para conquistarmos espaço”, finalizou.

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