Documentos apontam que Flashpoint deve $165 mil à CSPPA

Flashpoint não estaria disposta a pagar tal quantia por conta do descumprimento de contrato

por / 01 de Jul de 2020 - 16:48 / Capa: Divulgação/Flashpoint
Documentos obtidos pelo jornalista norte-americano Jarek "DeKay" Lewis, do site DBLTAP.com revelam que a Flashpoint, liga que tem como algumas de suas acionistas MIBR, MAD Lions Cloud9Dignitas e Gen.G, estaria devendo a significativa quantia de $165 mil à CSPPA - Counter-Strike Professional Players' Association - em português, Associação de Jogadores Profissionais de Counter-Strike.

Entre seus membros fundadores, a CSPPA tem o brasileiro Epitácio "TACO" de Melo da MIBR, o francês Nathan "NBK-" Schmitt, da OG, o dinamarquês Andreas "Xyp9x" Højsleth, da Astralis, Jonathan "EliGE" Jablonowski, da Liquid, e o holandês Chris "chrisJ" de Jong, da mousesports.

A taxa teria sido comumente acordada no começo de março, de acordo com os documentos apresentados. A quantia representaria o pagamento de direitos de propriedade intelectual dos jogadores participantes da primeira temporada da liga, que teve fim no dia 19 de abril.

Dentre as reclamações que estariam provocando a demora, ou até mesmo o não pagamento por parte da organizadora, estão as alegações de que a CSPPA teria parado de responder as requisições da Flashpoint a respeito de papeladas que permitiram os jogadores a participarem de comerciais de monitores de um possível patrocinador, o que teria impedido a realização de tais ações promocionais, fazendo com que a liga e os jogadores perdessem dinheiro neste processo.

Outras reclamações por parte da B Site, empresa responsável pela realização do torneio, estariam ligadas ao fato da CSPPA não ter participado das discussões sobre as regras e multas que seria impostas pela organizadora à suas equipes participantes, ainda em fevereiro, e também com as mais recentes propostas, enviadas no dia 16 de abril.

Sem o aval da Associação, a Flashpoint alega que não teve como obrigar os jogadores a cumprirem as regras, o que permitiu diversos atrasos nas partidas, impactando negativamente nas transmissões e no espetáculo como um todo, frustrando assim diversas eventuais parcerias e a entrada de receitas que seriam adquiridas com patrocinadores e com a venda dos direitos de transmissões.

Outras acusações feitas pela organizadora da competição de $1 milhão envolvem o caso da transferência da line-up dinamarquesa da Heroic rumo à FunPlusPhoenix, uma das franqueadas da liga. O negócio, que teoricamente já havia sido concretizado, foi por água a baixo quando Patrick "es3tag" Hansen optou por não assinar com a organização chinesa, visando a transferência para a rival Astralis, onde ele foi apresentado oficialmente somente nesta quarta-feira (1), após o término de seu vínculo com a primeira citada. A alegação é de que a CSPPA teria agenciado os jogadores, orientando-os a pedirem salários astronômicos, acima do considerado usual no mercado de Counter-Strike.

Em nota publicada em sua conta oficial no Twitter, a CSPPA nega todas as acusações, dizendo que no caso da transferência dos dinamarqueses, agiu da forma correta, orientando legalmente os jogadores a buscarem contratos justos e de acordos com uma "nova realidade de mercado", expondo que este é um de seus principais objetivos, servir como consultoria de atletas.



A nota ainda diz que a quantia cobrada se refere única e exclusivamente ao direito de propriedade intelectual dos jogadores da Liga, e que todo e qualquer pagamento eventualmente recebido pela Associação é utilizado para defender os futuros interesses de atletas de Counter-Strike que alinham-se com os propósitos da CSPPA.
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