Estar longe do Brasil e de seus familiares é uma das principais queixas dos jogadores profissionais de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). Dessa forma, Ricardo "dead" Sinigaglia comentou recentemente por meio de um vídeo que a 00Nation possui planos para atuar diretamente do solo brasileiro em 2023.
"Viemos jogar agora no Brasil. A nossa intenção é que a gente fique no Brasil e faça a mudança em 2023 pra começar a jogar aqui. Uma das questões principais é que a gente quer essa conexão com o público" comentou o manager da equipe em vídeo publicado pela organização.
Um dos principais fatores para a mudança é, não só estar mais próximo dos familiares e de seu país, mas também ter maior contato com a base de fãs da 00Nation. Com produtos como o Discord da organização, que já promove uma aproximação entre as partes, dead revela planos para o futuro.
"Estamos fazendo a Nation Week, lá na XDOME, vamos jogar o RMR e ter uma experiência com vocês para o Major. Nesse RMR, vocês vão estar bem perto da gente (…) Esse contato com o público pra gente é algo que queremos criar uma base pra que vocês consigam entender o que é a 00Nation", conta.
"No dia 17 nossa intenção é fazer um evento aqui na casa do Rainbow Six que estamos e [!fazer!] um churrasco com vocês pra interação com os jogadores. Queremos humanizar os jogadores pra que vocês consigam enxergar que os ídolos de vocês são pessoas normais que nem vocês", adiciona.
O primeiro movimento competitivo da 00Nation para aproximar os atletas da torcida será disputar campeonatos por aqui. Segundo o manager, em entrevista ao Dust2, caso a equipe não precise disputar o último RMR americano, a ideia é disputar os playoffs da Champion of Champions no escritório da organização.
"Nossa intenção é jogar daqui (os playoffs), entre os dias 25 e 28 com 50 reais e mais um quilo de alimento para entrar. Aqui cabem 300 pessoas. Vem e você vai ver a gente jogando num palco, de frente. Devem existir pessoas que gostariam de ter essa interação", reflete.
"Você está vendo seu ídolo ali ou a pessoa que você gosta, e é lógico, sempre vai ter um cara que vai trocar uma ideia com você. Nosso intuito como organização hoje é essa conexão com o público que nunca fomos capazes de ter, pois estávamos muito distantes. Vamos tentar essa mudança. Não sei se vai dar certo ou se será possível, mas estamos dispostos a tentar", completa o manager.
Além disso, dead revela que existem planos ambiciosos para a criação de uma liga. A ideia é fazer campeonatos no fim de temporada, onde as equipes brasileiras que retornarem ao Brasil possam disputar e não só aumentem a interação com o torcedor, mas também que fomente o cenário brasileiro - incluindo o academy.
"(A ideia) é fazer um campeonato grande no Brasil. Vamos tentar fazer alguma coisa onde os times consigam tirar algo, nossa lógica é meio utópica agora mas estamos conversando isso. Porque a gente não faz como a BLAST? Toda uma produção, talk show. Imagina fazer uma liga, sorteamos para que algumas pessoas se encontrem com FalleN, TACO e perguntem o que quiserem", conta.
"Tem milhões de coisas que podemos fazer, e hoje, como falei, o recorde não está difícil de ser quebrado. Hoje todo mundo ganha zero, se ganharmos um, já é alguma coisa. Vamos ver se conseguimos fomentar. Nossa intenção é dar parte disso para os jogadores, para a organização, separar um fundo para ajudar organizações que têm academy", continua.
Ainda durante a entrevista, dead revela que os planos da 00Nation são de voltar para o Brasil em janeiro. No entanto, deixa claro que quando fala sobre retornar ao Brasil, não quer dizer que a ideia das equipes é de manter suas operações por aqui.
"Não posso falar por todo mundo, só pela Zero Zero. Vamos voltar em janeiro. As organizações que estavam na América do Norte tendem a voltar. Mais uma vez, quando falo voltar não é ficar 100% no Brasil, mas jogar os classificatórios aqui e tudo", conta.
Perguntado sobre a qualidade dos treinos no Brasil, o manager da equipe comenta que os planos são de continuar passando a maior parte do tempo na Europa. "Esse é o cuidado. Não vamos ficar no Brasil. Vamos ficar muito mais na Europa do que no Brasil, e, quando viermos, vamos ter a oportunidade de treinar com a galera que está aqui".
Por fim, ele fala sobre quais organizações tem participado das conversas para tornar essa reaproximação com o cenário brasileiro real.
"Sei que a paiN gostaria de fazer isso, porque eles têm uma estrutura muito boa no Brasil, o MIBR eu não sei. Estamos conversando com todo mundo, a Team One também. Os times que ficam mais focados na América do Norte, tendem a voltar pro Brasil, essa é a conversa que tivemos lá atrás. Os negócios estão bem parados, mas é um desejo desses times. Acho que da Imperial também", revela dead.