dead fala sobre liga brasileira e projeta reunião depois do RMR: "Colocar num papel onde queremos ir"

O diretor da 00Nation detalhou o planejamento da equipe no semestre e reaproximação com os torcedores

por / 18 de Ago de 2022 - 14:10 / Capa: Reprodução/Youtube/GC Media

Ricardo "dead" Sinigaglia, diretor de operações da 00Nation, revelou na semana passada sobre o desejo de construir uma liga brasileira dedicada para que as principais equipes brasileiras consigam ficar no Brasil por mais tempo. Em entrevista para a DRAFT5, dead voltou a falar sobre o assunto e até indiciou possíveis novidades depois do RMR.

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"A gente tem conversado com os times, todo mundo quer fazer isso, provavelmente depois do RMR vamos ter algum tipo de reunião e colocar em um papel onde queremos ir, quais são os steps que a gente tem que ter para que consiga fazer um campeonato bom e ajude todo o ecossistema, onde mesmo que o NA fique forte no futuro, a gente não tenha que ir para lá. As vagas já estão aqui, todas que tem no NA tem aqui. O que vamos tentar fazer é equilibrar de uma maneira melhor, porque a cena do SA hoje é mais forte do que a do NA."

A 00Nation está focada na classificatória sul-americana para o RMR Americas, mas o planejamento do semestre já está praticamente definido. Dead detalhou todos os planos da equipe, bootcamps no exterior e campeonatos que vão jogar.

"Vamos ficar no Brasil até o dia 29. Se conseguirmos classificar (para o RMR) antes, nos dias 25, 26, 27 e 28, vamos vir para a XDOME jogar o CCT, da BTS, aí abrir para 300 pessoas e jogar literalmente na frente do stage. Vamos ver um valor mais acessível para que todo mundo consiga vir. Depois vamos para a Europa, fica um mês lá. Em outubro, a gente volta para onde for a segunda fase do RMR, que ainda a gente não sabe. A gente ia jogar o campeonato da FiReLEAGUE, mas ficaria muito difícil porque fomos invitados para o qualify da BLAST, que acontece no dia 17. Então teríamos que viajar 40 horas entre três continentes em 30 dias, então diminuímos isso para jogar a BLAST. Aí descemos para o Brasil para jogar o Major, do dia 29 de outubro até o dia 13 de novembro."

CRIAR CONEXÃO COM A TORCIDA

Assim como o dead falou, o evento organizada pela 00Nation na XDOME para a classificatória do RMR foi aberta para poucos torcedores e os jogadores tiveram que jogar de uma sala fechada por conta das regras da Valve. No entanto, o diretor quer criar essa aproximação do público com o time de forma mais intensiva.

"Tivemos um pouco de limitação, principalmente porque as coisas saíram do nada. Não tinha acesso a data, então teve que dar um rush no processo, mas para a gente é muito bom. Vocês viram aqui que tem uma galera, não sei se todo mundo tem o ingresso para o Major, então talvez isso seja a coisa mais próxima que alguém possa ter do RMR. Jogadores ali do lado, passando entre todo mundo e conectando. O que a gente mais quer para a torcida é isso, consiga se estabelecer no Brasil e ter uma conexão, que eu não acho que os times que jogam la fora possuem."

Reprodução/Youtube/GC Media

Dead também abriu o jogo sobre os principais desafios do novo projeto, ressaltando que a parte dentro do servidor já está bem estabelecida. Por outro lado, a parte de operação ainda está sendo construída, principalmente por conta das várias sedes em torno da organização.

"A gente tinha uma base no NA, hoje temos três polos. Vamos continuar no NA um pouquinho até o final do ano, se fortalecendo no Brasil e temos a nossa base na Europa, em Portugal ou Oslo, office da 00Nation. Para o ano que vem vamos tentar ficar principalmente entre Portugal e Brasil. Não vamos ficar tanto no Brasil, mas vamos vir para jogar os classificatórios do Brasil."

NA FRACO É RUIM PARA O BRASIL?

Outro assunto levantado foi a questão da América do Norte estar fragilizada em nível de Counter-Strike. Na visão do diretor, isso não atrapalha os times brasileiros, mas uma eventual volta das equipes brasileiras para o Brasil pode ser uma porta de entrada para o NA ter uma reconstrução.

"Hoje o cenário é bem diferente do que foi, as organizações brasileiras têm apoio, até mais do que o NA. Acho que os brasileiros saindo de lá, o NA tende a talvez conseguir subir um pouco mais, porque antigamente eles tinham acesso, mas com os brasileiros indo para lá, o Tier 2 e Tier 3 perderam totalmente qualquer chance de ir para campeonato. Agora talvez tenham chance de novo. Claro que times mais fracos, mas só com tempo e experiência eles consigam galgar caminhos melhores para eles."

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