Às vésperas do início do PGL Major Stockholm 2021, a G2 Esports disputa a BLAST Fall Showdown mirando a classificação para a fase final do torneio depois de não conseguir manter o alto nível de jogo durante a fase de grupos. Longe de toda a performance que alcançou no segundo trimestre deste ano, o time aproveitará o máximo que der para ajustar o que falta para o evento chancelado pela Valve.
Em entrevista à DRAFT5, Nemanja "nexa" Isaković revelou em como a G2 Esports tentará reencontrar a confiança que fez com que eles conseguissem mostrar parte do grande potencial que possuem mesmo batendo na trave em eventos como Flashpoint 3 e IEM Cologne 2021.
"O mais importante para a gente, é voltar para a forma que estávamos antes do player-break. Eu acho que já temos todas as peças do quebra-cabeça. Está tudo ali. Agora, é trabalhar duro para voltar de onde paramos, fazendo o melhor que podemos. Honestamente, o nosso time joga melhor em LAN, e temos o Major logo em seguida, isso será um boost na nossa confiança".
Quem vê de longe observa a G2 Esports com um verdadeiro potencial de chegar ainda mais longe do que chegou até agora. Apesar de chegar aos playoffs da IEM Fall da Europa, acabou tropeçando pelo caminho na ESL Pro League Season 14 e na própria BLAST Fall, onde caiu ainda na fase de grupos. Ainda assim, nexa não acredita que isso coloque qualquer pressão sob os ombros da equipe.
"Não acredito que chegaremos pressionados. Podemos não estar na nossa melhor forma, vindo direto da IEM, que terminamos dias atrás. Claro que é muito importante para a gente vencer as partidas aqui e ir para a BLAST Finals, já que será um evento em LAN e isso é algo muito importante para a gente. É sempre algo que o time luta para ter: a oportunidade de jogar em uma arena e um palco".
Durante a entrevista, nexa deixou claro que a G2 Esports não traçou um plano específico para a disputa da BLAST Fall Showdown mesmo estando com a corda no pescoço. Isso porque a tática adotada pelo quinteto é de se preparar para um "bloco" de torneios, compostos por IEM Fall, BLAST e Major. Para ele, isso ajuda a fazer o time trabalhar em encontrar os erros e "consertar os detalhes".
Com maturidade e jogadores experientes, nexa aponta que eles sabem identificar a causa de um jogo ruim, mas que requer tempo para corrigir o problema: "Quando jogamos bem, sabemos porque jogamos bem. Quando jogamos mal, sabemos porque jogamos mal. Essas coisas demora um tempo para consertar e performar bem de novo. Por isso tivemos uns meses de performance ruim".
Enquanto algumas das principais equipes do mundo possuem jogadores como Gabriel "FalleN" Toledo, Nicolai "device" Reedtz, Mathieu "ZywOo" Herbaut e Oleksandr "s1mple" Kostyliev como os responsáveis pelo rifle de precisão, a G2 Esports viu a saída de Kenny "kennyS" Schrub pegar o grupo de surpresa e ter que improvisar François "AmaNEk" Delaunay na posição.
Consciente de que o jogador "não é um AWPer prime" – como o próximo nexa designou –, ele também destacou a mudança vigorosa que precisou ser feita pelo francês em prol da equipe. Justamente por isso, afirmou que o trabalho exercido por ele é excepcional, mesmo não sendo um "superstar que vai carregar um jogo", mas que isso deixa de ser necessário tendo em vista que a G2 já tem "pessoas que podem fazer isso".
"Ele está fazendo um trabalho muito importante desde quando kenny saiu. Ele foi uma peça-chave no sucesso do time no primeiro semestre deste ano. Honestamente, ele não é um AWPer prime, todo mundo que assiste sabe disso. Ele não se tornará um dos melhores AWPs do mundo em um curto período de tempo, mas nós sabemos o quanto ele se dedica e como ele tomou essa posição para o time".
"Ele é o cara que podia fazer isso, e aceitou fazer pelo bem do time. Ele está fazendo um bom trabalho e somos muito gratos por ele assumir esse gap que foi deixado. Todos acreditamos nele, e ele sabe que acreditamos nele. Ele está fazendo um trabalho excepcional de adaptação. Ele não é um AWPer superstar que vai carregar o nosso jogo, mas já temos pessoas no time que podem fazer isso".
Perguntado sobre MIBR e paiN Gaming, representantes brasileiros que disputam a BLAST Fall Showdown, nexa foi categórico ao apontar que não sabe muito bem o que esperar do quinteto agora liderado por Adriano "WOOD7" Cerato, tendo em vista as mudanças recentes sofridas na organização. Contudo, se disse "ansioso" para ver o que a paiN pode apresentar no futuro e sabe que eles "têm um certo potencial".
Hoje na G2 Esports, nexa já esteve no Rio de Janeiro quando ainda era jogador da até então Valiance durante a DreamHack Open Rio, disputada em 2019. De lá para cá, ele contou com um enorme salto na carreira, mas algo que aparentemente não mudou é o carinho que sente pelos pela torcida brasileira, que destacou como "uma das melhores do mundo".
"Sinceramente, eu amo os brasileiros. Eu estive no Rio jogando a DreamHack e realmente amei. Eu realmente espero que a gente tenha um Major no Brasil em breve, e estou ansioso para poder jogar com a torcida brasileira, que é uma das melhores do mundo".