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CS:GO 8 anos - 8 promessas que não vingaram

No aniversário de 8 anos, listamos 8 promessas que não vingaram no CS:GO

por Lucas Spricigo / 18 de Ago de 2020 - 15:33 / Capa: Arte/DRAFT5
Nesta semana o Counter-Strike: Global Offensive completa 8 anos, para celebrar mais um aniversário preparamos oito textos com temas únicos selecionando oito singularidades sobre o jogo.

No texto de abertura, preparamos 8 jogadores tidos como grandes promessas, os que um país inteiro colocava esperanças, mas que não vingaram ao longo dos anos.

João "horvy" Horvath

Não é novidade nenhuma que João "horvy" Horvath era uma das grandes esperanças do Counter-Strike no Brasil. Após aparecer muito bem na Remo Brave, o jogador se mudou para a Europa onde parte de sua família reside, por lá fez muito sucesso no cenário português abrindo os olhos da Immortals, que buscou o jovem para sexto jogador. O hype pela contratação era imenso. Porém, o contrato com a organização acabou virando um pesadelo, horvy quase não atuou em um ano.

O nome de horvy era tão pesado e rodado no cenário internacional, que chegou a ser cogitado na FaZe Clan para a disputa da ESL One Belo Horizonte, mas assim um pouco de má sorte também o impediu, sendo preterido. A FaZe Clan usaria outro de nossa lista: Jørgen "cromen" Robertsen.

Ao deixar os Estados Unidos horvy rumou ao time da NoTag que acabara de dispensar Lincoln "fnx" Lau de lá foram contratados pela INTZ o jogador não brilhou, não conseguiu se adaptar ao estilo de jogo e muitas vezes teve de ser sacrificado como IGL. Não demorou até ser deixado de lado. Chegou a aparecer na Team Reapers em 2019, disputando a Gamers Club Masters IV, onde até brilhou, mas ainda era muito abaixo do que se esperava do jogador.

Horvy na Team Reapers durante a GC Masters | Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5


Alguns problemas físicos acabaram deixando horvy fora do jogo por algumas semanas, seu retorno à Europa rendeu um espaço na Baecon, mas o nível de jogo que enfrentava já era pequeno e mesmo assim pouco destaque se viu. Hoje o jogador roda o velho continente em equipes de pequeno porte na maioria das vezes num combinado de jogadores de vários países. Uma pena para quem era tido como um astro em ascensão.

Daniel "mertz" Mertz

Imagine você com 18 anos se destacando na equipe de base de uma grande organização como a North e num cenário amplo como o dinamarquês. Então pinta a oportunidade de sua vida para o time principal, e todos apostam muito em você. Só que em 6 meses a expectativa passa para um quase completo fracasso. Essa é a história de mertz, que ainda em 2018 foi deixado no banco da North, emprestado a Heroic, também não rendeu. Mesmo que jovem, perdendo espaço de forma inacreditável e se afundando num cenário imenso.

Foto: Jennika Ojala/DreamHack Foto: Jennika Ojala/DreamHack


Após falhar em mais um projeto como a Singularity, hoje mertz é a "estrela" de uma reestruturada Copenhagen Flames depois de vender o antigo time, muito pouco para quem era apontado como uma das grandes promessas de seu país.

Michael "shroud" Grzesiek

Ser referência de habilidade individual no cenário norte-americano, mas nunca trazer para casa os resultados que se esperava de seu nome. Michael "shroud" Grzesiek sempre foi um nome muito falado no CS:GO. Diferente num cenário que ainda apostava em nomes reciclados de outras versões, shroud nasceu na nova versão. Logo que apareceu conseguiu chegar na Cloud9 onde passou toda sua carreira.

É bem verdade que o jogador teve seus momentos e chegou a conquistar alguns títulos como a, dolorida, ESL Pro League Season 4 Finals em São Paulo, mas talvez este tenha sido o ponto alto da carreira. Uma carreira baseada em muita aposta e grandes fracassos, principalmente em Major no qual, mesmo colocada como grande equipe da América do Norte, nunca conseguiu chegar em lugar algum.

shroud nunca foi o que todos esperavam que seria | Foto: HLTV


Para aqueles que acompanham o agora streamer, sabem de sua habilidade com mira e inteligência, e foi justamente por isso que foi colocado em um patamar no qual nunca chegou de verdade.

Jacob "Pimp" Winneche

Jacob "Pimp" Winneche fez parte de uma geração do cenário nórdico que não tinha muitos anseios. Nenhum grande resultado chegava para a Dinamarca entre 2014 e 15. Pimp era de uma equipe que brigava por ser de ponta no país, e sempre foi apontado como o jogador que daria o passo a mais, caso fosse montada uma grande equipe. Isso tudo muito antes de Lukas "gla1ve" Rossander se destacar e ganhar espaço na Astralis. Pimp era o gênio capaz de colocar o cenário num passo acima.

Pimp era apontado como um jogador completo e que cairia bem em qualquer equipe, mas não vingou e hoje é comentarista | Foto: HLTV


Para se ter ideia da diferença de cenários, Pimp era tão acima de sua região que mudou para a Liquid numa manobra do time norte-americano de melhorar, mas também não deu certo, ficando por volta de um ano e não ganhando nada. Pimp se aposentou com 21 anos e hoje, além de streamer, é um dos analistas de transmissão que mais aparecem em grandes eventos. Longe do jogador que era apontado.

Jørgen "cromen" Robertsen

O mais injustiçado dessa lista e nem por ter sido escolhido, mas pelos momentos que viveu. O norueguês era destaque em algumas equipes menores do cenário nórdico, completou para a Heroic e chamou atenção. A FaZe com Olof “olofmeister” Kjajber afastado por problemas físicos, acabou chamando o jogador que foi um completo sucesso. Conquistou a ESL One em Belo Horizonte, jogou a ESL One Cologne ao lado da equipe. Era o radar que todo jogador esperava, um novo nórdico de grande sucesso apareceu. Não foi assim.

Cromen durante a ESL One Belo Horizonte | Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5


O jogador simplesmente sumiu após completar para a FaZe que voltou com a line-up original. O jovem completou um ano e meio na Nordavind, mas num nível muito abaixo do que todo mundo esperou após suas atuações com o misto europeu.

Joakim "disco doplan" Gidetun

O novo olofmeister, um novo grande nome sueco. Talvez os apontamentos acabaram com a carreira de Joakim "disco doplan" Gidetun. Assim como no futebol surge um novo Pelé a cada cinco meses, o Counter-Strike usou o sucesso momentâneo do jogador e um anseio por resultados da Suécia para montar uma nova estrela. Em 2017 foi apontado pelo ídolo de todos Christopher "GeT_RiGhT" Alesund como um jovem que iria arrebentar em 2018. Não arrebentou.

Disco Doplan em uma das suas várias passagens que não rendeu após a fnatic | Foto: HLTV.org


Passagem vergonhosa pela fnatic e uma sequência de afundamentos nos últimos quatro anos que ninguém entendeu.

Denis "seized" Kostin

A falta de grandes a talentos até o ano de 2016 colocou Denis "seized" Kostin como a grande promessa do cenário da ex-união soviética. O russo chegou rápido numa Natus Vincere que vinha de mudanças de veteranos, seized foi então colocado como aquele que mudaria a história, era o nascimento do novo Arseniy "ceh9" Trynozhenko, ídolo da Na'Vi.

Mas próximo de ceh9, seized só teve sua função de lurker. Fez parte da Natus Vincere de 2013 até 2017. Teve dois segundos lugares em Majors e um título de ESL One New York mas também ficou marcado por ser o elo mais pobre de uma lendária equipe sedenta por resultados. Talvez o maior problema para o jogador fosse ter entrado logo no lugar da lenda Yegor "markeloff" Markelov, o peso de trazer resultados tenha assustado durante anos. Isso parecia bem evidente em grandes torneios no qual falhava no maior momento da disputa.

Apontado como nova grande estrela do CIS, substituindo ídolo da Natus Vincere, tudo pesou para seized nunca chegar onde deveria | Foto: HLTV.org


Você pode até se perguntar o motivo de um jogador com títulos estar aqui listado, mas pela confiança que um enorme cenário depositou ficou devendo. Por conta disso, pouco hype tenha sido colocado em Oleksandr "s1mple" Kostyliev e principalmente em Denis "electronic" Sharipov. Era o medo de novamente falhar.

Após a saída de seized a Natus Vincere teve seu maior momento no CS:GO. Títulos, liderança no ranking mundial. É bem verdade que ainda é instável, mas essa é outra história. Hoje, seized está perdido em meio a uma desconhecida cyber legacy, após somar passagens vergonhosas por Gambit e Vega Squadron.

Seized só tem 25 anos, deveria estar no seu auge, mas há três anos não consegue nenhum sucesso por onde passa.

Alexandre "bodyy" Pianaro

bodyy conquistou títulos no primeiro ano de G2, mas somou suscetivos fracassos desde então | Foto: HLTV


Novamente um cenário sedento de grandes craques necessitava, muito além de ídolos, títulos. Alexandre "bodyy" Pianaro chegou numa G2 que estava cansada de reformulações e que queria títulos. Era uma grande esperança do cenário francês, e é bem verdade que pareceu que daria muito certo no primeiro ano por lá. Título da recém formada ECS, título de DreamHack e ESL Pro League. Mas foi só.

Nos dois anos seguintes junto da G2, bodyy de nada fez. Talvez hoje seja conhecido mais por um wallbang na Cache do que pelos seus resultados. Hoje faz parte de uma LDLC que não aparece em canto nenhum. A promessa falhou mais uma vez.
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