Nesta semana o
Counter-Strike: Global Offensive completa 8 anos, e para celebrar mais um aniversário, a
DRAFT5 preparou diversos textos sobre temas específicos da área. Confira abaixo oito jogadores que deixaram o cargo de jogador para se tornar treinador:
Andrii "
B1ad3" Gorodenskyi Apesar dos nove Majors disputados enquanto jogador, o melhor resultado do ucraniano foi o
status de
Legends na
ESL One: Cologne 2016. Fora isso, a conquista da
DreamHack Open Leipzig 2017 ao lado de Yegor "
markeloff" Markelov foi o ponto mais alto de sua carreira. Depois de muito empenho para fazer o projeto da
Flipsid3 dar certo, o capitão finalmente percebeu que a maré não estava pra peixe e abandonou o barco, anunciando sua aposentadoria como jogador. Com isso, rumou à carreira de treinador, onde recebeu chances na
HellRaisers e na
Gambit. Fazendo trabalhos medianos, foi contratado pela
Natus Vincere, equipe a qual vem fazendo bom trabalho, inclusive alcançando o topo do ranking mundial.
Com menos de um ano de NaVi, B1AD3 já conquistou uma IEM Katowice. Foto: Divulgação/HLTV Com menos tempo de carreira e mais troféus levantados, é inquestionável que a mudança de função foi benéfica para o ucrânio.
Jonatan "
Devilwalk" Lundberg Sendo um dos primeiros suportes de ofício no Counter Strike, Devilwak tem a honra de falar que foi campeão da
DreamHack Winter 2013, possuindo conquista de Major no seu currículo. Se abstendo de assegurar bons números, para fazer os outros brilharem, como fez com Robin "
flusha" Rönnquist há sete anos, o sueco sempre se destacou pela sua inteligência como jogador. Na duradoura carreira, a fase de maior destaque foi durante sua estadia na
Fnatic, onde como citado antes, levantou o troféu do Major.
Pela Fnatic, Devilwalk conquistou o mundo. Como treinador, ficou com o vice-campeonato. Foto: Divulgação/HLTV Depois de conquistar o mundo, chegaria na
ESL One Cologne 2014 como um dos favoritos, mas fora do servidor. Isso por ter cedido sua posição na equipe para Freddy "
krimz" Johansson e ter assumido a função na comissão técnica, se tornado treinador da formação. Entretanto, quase um ano depois deixaria o cargo para voltar a atuar com Andreas "
znajder" Lindberg em outra equipe. Por fim, acabou pagando um preço caro pela saída da fnatic. Rodou em times como
Epsilon e
Chaos, até finalmente achar sua nova casa, a
NoChance, que atualmente é a
GODSENT. Presente desde a junção idealizada por Mikail "
Maikelele" Bill, Devilwalk detém a confiança que nunca acreditou ter em outro lugar. Sem dúvidas, este é o lar do sueco.
Aleksandar "
kassad" Trifunović Ganhando notoriedade por ser um exímio treinador, muita gente não sabe quem kassad era antes de começar a liderar as equipes de fora do servidor. Há sete anos atrás, ao lado de Nikola "
NiKo" Kovač, o sérvio defendeu a
iNation. Por ironia do destino, também atuou com Janko "
YNk" Paunović por lá, que posteriormente se tornaria comentarista e atualmente treinador da
FaZe Clan de NiKo. Porém, assim como seu companheiro de trabalho YNk, kassad percebeu seu destino era outro, e assim escolheu assumir a função de treinador. Começando na
mousesports, ficou alguns meses no clube europeu, mas não despontou. Após três meses de sua saída, abraçou a oportunidade que a
Renegades deu e foi treinar os australianos.
Kassad ganhou maior destaque ainda após comandar a boa Renegades, que depois seria a 100 Thieves. Foto: Divulgação/HLTV Com altos e baixos, no total foram mais de três anos no comando dos aussies, conquistando a
StarLadder i-League Invitational #2, vice da
IEM Beijing e semifinalista do
StarLadder Berlin Major 2019. Mas, como um conto de fadas, também chegou ao seu fim, e já fazem quatro meses. Agora, o belgradino está livre no mercado. E sortuda será a equipe que o contratar.
Bruno "
bruno" Ono Campeão da
ESWC 2006 quando representava o
MIBR no 1.6, bruno é mais um dos jogadores que acabaram migrando de dentro do servidor para fora ao trocar de jogo. Diferentemente dele na versão anterior do fps, no Global Offensive não conseguiu impor o mesmo brilho que teve nos anos anteriores. Enquanto atleta ativo, passou por equipes como
ProGaming e-Sports,
Brasil Gaming House e
RevoltZ e-Sports Club, mas nunca chegou nem perto de ser o que foi no 1.6. Porém, ao assumir a função de treinador em 2017, um novo Bruno apareceu. Mais determinado ainda para vencer.
PKL e Ono, juntos desde 2018, conquistaram três vezes a GC Masters. Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5 Multicampeão na
Virtue Gaming e posteriormente na
Team Wild, migrou ao lado de Vinícios "
PKL" Coelho para a
paiN Gaming e se firmou ainda mais como um dos, se não o melhor treinador do Brasil. Bruno, ao lado de seu capitão, é tricampeão da GC Masters, o Major brasileiro. Além de claro, ser um dos responsáveis pela hegemonia da paiN na temporada passada.
Nicolai "
HUNDEN" Petersen O mais recente a trocar de função na lista é HUNDEN, dinamarquês que fez seu nome ao liderar boas equipes de dentro do servidor, como
Tricked e
ALTERNATE aTTaX. O profissional de 29 anos pendurou os teclados ainda este ano, possuindo como último clube defendido a
MAD Lions.
HUNDEN, apesar dos problemas, foi de extrema importância no crescimento da MAD Lions. Foto: Divulgação/HLTV O principal ponto para o crescimento de Nicolai no cenário internacional foi seu estilo de jogo. Possuindo um lado terrorista diferente de grande parte das outra equipes, o agora ex-capitão foi fulcral para a ascensão meteórica da MAD Lions no tier1 europeu. Entretanto, alegou estar ''contente'' com o que fez enquanto jogador e optou por seguir o caminho mais teórico, focando em comandar equipes na parte tática. Agora como treinador da
Heroic, os frutos são colhidos de forma lenta. A evolução é constante, apesar do processo ser demorado. Na
DreamHack Open Summer 2020, última competição disputada, ficaram com a segunda colocação, sendo derrotados pela forte
BIG na grande final. Assim como YNk, HUNDEN é mais um nome que pode ser muito ouvido daqui pra frente.
Eric "
adreN" Hoag Vencedor do
Intel Grand Slam 2 de forma avassaladora, adreN detém uma das maiores ascensões dentro do Counter Strike. Após não encaixar como jogador - inclusive quando atuou pela
Team Liquid -, optou pela mudança brusca e inteligente.
De acordo com muitos, adreN foi o principal responsável pela melhor Liquid da história. Foto: Divulgação/HLTV Eric chegou três dias antes do natal de 2018 e fez uma verdadeira festa quando assumiu comando dos norte-americanos. Com o melhor começo possível, vencendo a
Astralis na
iBUYPOWER Masters IV, a expectativa sob o agora treinador foram as maiores possíveis. Depois do sucesso meteórico perdeu duas finais consecutivas, mas emplacou seis títulos em sequência, levando o IGS2, que premiaria a cavalaria com $1 milhão de dólares. Contudo, o norte-americano recentemente se despediu de seus companheiros de equipe, deixando para trás mais de um ano de trabalho e diversos troféus levantados. Claro, fracassos também, mas o saldo que fica é muito positivo. adreN fez história e carimbou seu nome no hall da fama da organização.
Nicholas "
guerri" Nogueira Acumulando vices enquanto jogador, guerri foi um dos poucos profissionais que migraram de função, mas dentro da própria organização. Participando do crescimento da
FURIA como time e clube desde o início, teve o voto de confiança das grandes cabeças e permaneceu "em casa", mas como treinador.
Por muitos, hoje o guerri é considerado o ''paizão'' da FURIA. Foto: Divulgação/HLTV Logo que entrou no novo cargo, os bons resultados começaram a aparecer. As panteras dominaram o Brasil por um semestre inteiro, até que optaram pela mudança aos Estados Unidos, com foco no crescimento como equipe. Com isso se manteve no clube e foi aos poucos, demonstrando importância única para o crescimento dos brazucas. Nos dias atuais, briga no topo pelo posto de melhor treinador do mundo. Seria no mínimo maluquice não eleger essa mudança com uma das mais benéficas no cenário nacional.
Robin "
Fifflaren" Johansson Fechando a lista, nada mais nada menos que Fifflaren, este que é considerado por muitos como o maior. O sueco campeão de um Major e vice de outros dois fez sua história atuando pela
Ninjas in Pyjamas e não demorou para perceber que era hora de parar e ir para outro caminho: a mesa de análise.
Fifflaren já na mesa de análise da ASUS ROG Winter 2015. Foto: HLTV.org O sueco abandonou a carreira de jogador há seis anos, em novembro de 2014. Pouco tempo depois, faria sua estreia na
DreamHack Winter, mas como caster. Sendo muito bom no que fazia, Robin permaneceu na função por quase cinco anos. Mas, na volta da
Dignitas à Suécia, investindo em Christopher "
GeT_RiGhT" Alesund e Patrik "
f0rest" Lindberg, retornou para ser o treinador que as lendas do Counter Strike precisavam. Até agora, não obteve nem de perto o que ganhou como jogador, mas faz frente a uma grande equipe. Assim como fez sua história enquanto atuava, Fifflaren já demonstrou diversas vezes querer fazer o mesmo treinando uma equipe, ainda mais com os jogadores que possuí ao seu lado.