Astralis, Ninjas in Pyjamas e Nicolai "device" Reedtz protagonizaram uma das transferências de maior repercussão no cenário de Counter-Strike: Global Offensive. Apesar do mau início de temporada, o dinamarquês revelou, na apresentação à nova casa, qual foi a verdadeira fator para que ele optasse por mudar de organização.
Para ele, a maneira como o grupo sueco atua junto aos jogadores foi de grande importância para que ele tomasse a decisão. Disputando o topo da cena competitiva nas últimas quatro temporadas, device sabe bem o que é o estresse de ser um jogador de elite.
"A forma como a NiP trabalha com a saúde mental foi um grande fator na decisão. Todos os que me seguiram ao longo da minha carreira sabem que vivi de tudo: de sufocamento à vitória", confessou o jogador na apresentação à nova equipe.
A necessidade de procurar por uma estabilidade psicológica chegou até device em função do período recente que abalou todo o mundo. O jogador revelou que se viu pensando onde gostaria de estar quando a pandemia chegasse ao fim.
"Deixar a Astralis é difícil, para dizer o mínimo. Os meninos sempre serão como uma família para mim, mas essa época de Covid me deixou pensando muito. Onde eu me vejo quando tudo voltar ao normal?", ponderou o dinamarquês.
A decisão de deixar o antigo time, no entanto, não foi nem um pouco fácil para device. De acordo com ele, foram necessárias duas semanas para que ele conseguisse tomar a decisão que acharia melhor para a própria carreira competitiva.
Com tantos anos de Astralis, ele apontou que não faltou transparência com os agora antigos colegas de time. Por isso, deixou organização e jogadores cientes de que teria que tomar uma decisão. Por fim, disse que a NiP foi a única que o procurou.
"Andei pensando por duas semanas. Tive muito tempo para refletir sobre o que eu queria para mim e para a minha carreira. Acho que tive o tempo e as pessoas necessárias em volta de mim para eu ter certeza de que estava dando um passo certo", disse.
Se antes a formação da Ninjas in Pyjamas era composta exclusivamente por suecos, device chega para quebrar este tabu. Único jogador de outro país do time, ele ressalta que a comunicação não mudará em função da chegada ao grupo da Suécia.
Isso porque ele afirmou já ter morado no país "por um longo tempo" e, por isso, a comunicação não será um problema. De qualquer maneira, confessa que pontos específicos do mapa recebem nomes diferentes, mas que eles terão tempo de sobra para trabalhar em cima disso.
"Tenho muitos anos em um time dinamarquês, onde você tem o seu jeito de comunicar e falar áreas do mapa. Mas, sim, eu falo sueco fluentemente. Não espero que seja um grande desafio. É questão de tempo e usá-lo para aprender sobre os pontos (do mapa)".
Por fim, o jogador ressaltou o desejo que possui de se tornar lendário e entrar para a história de maneira semelhante a grandes astros, como LeBron nos Lakers. Entretanto, ele deixa claro que precisa de títulos para voltar a sentir a energia competitiva que sentia antes.
Justamente por isso, dev1ce enxerga no PGL Major Stockholm a oportunidade perfeita: "Com o Major chegando, trazer esse torneio para a Suécia é o meu objetivo número um. É verdade que vencer um primeiro torneio pode acender a faísca e estou confiante que posso trazer muita cultura vencedora ao longo do tempo".