"Consigo ver as cinco como as melhores em cada função e um time precisa disso para ser campeão", afirma olga sobre FURIA fem

Jogadora e o treinador das Panteras comentaram sobre o sucesso da equipe após a conquista da quarta Gamers Club Masters feminina

Foto: Divulgação/FURIA

Após passar em branco na terceira edição do Major feminino, a FURIA voltou a subir no degrau mais alto do pódio na Gamers Club Masters feminina, no último sábado (20), após vencer o MIBR na grande final. E na coletiva pós-jogo, Olga "olga" Rodrigues disse que consegue "ver as cinco (jogadoras) como as melhores em cada função. Um time, para ser campeão, precisa disso. Tem que ter as cinco muito boas no que fazem".

olga é uma das expoentes do cenário nacional e, apesar dos inúmeros títulos já conquistados, essa foi a primeira vez que soltou o grito de campeã em uma Gamers Club Masters. A jogadora brincou com o fato da FURIA ter vencido duas das últimas edições dizendo que "se não pode contra elas, junte-se a elas" e comentou sobre elogios recebidos das companheiras.

"Todas falando que eu encaixei como uma luva. Era uma peça que faltava. Não que elas precisavam disso para vencer porque tavam ganhando tanto, mas foi algo a mais que deu para o jogo delas. Versatilidade de tática e função. Estou muito feliz. Só mostra que o trabalho aqui é muito bem feito", avaliou.

Quando questionada sobre o que acrescentou numa equipe já multicampeã, olga disse que traz um pouco mais de experiência para um time já cascudo, mas que a principal característica que ajudou a FURIA foi o fato de ser uma jogadora agressiva: "Todas comentaram. Quando a GaBi me chamou, ela falou que queriam uma pessoa mais agressiva e que gostavam do meu estilo. Pelo menos três pessoas falaram sobre o humor que trago para o jogo, sempre tentando deixar o clima alegre".

O treinador Lucas "segalla" Mancini também comentou sobre o que adicionou no time desde que passou a comandar a FURIA. "Quando me fizeram a proposta, aceitei dizendo que ia entrar aqui porque eu queria fazer história com elas. Elas não precisavam de mim para ficar ganhando os campeonatos femininos porque elas já estavam fazendo. O que eu vim fazer, o que estou buscando é conseguir trazer o primeiro mundial feminino para o Brasil, conseguir colocar um time feminino na Série A e, quem sabe, no CBCS", afirmou.

Na grande final, a FURIA bateu o MIBR por 2 a 1: virada na Ancient por 16 a 14, derrota na Inferno por 16 a 6 e uma emocionante Nuke que terminou em 16 a 12.

olga e segalla comentaram sobre o turning point para a FURIA virar no primeiro mapa da série. O treinador lembrou do fato das duas equipes terem jogado Ancient no campeonato, na qual as Panteras saíram derrotadas. Segundo ele, ao revisar o jogo, "vimos que o MIBR cometia muitos erros. O problema é que na hora da partida, não tinha como saber e estávamos jogando pior do que elas. Como foi um placar elástico, na cabeça delas estava de boa com o mapa. Então, a gente quis surpreender, estudamos, arrumamos e pickamos".

O técnico completou dizendo que na hora revisão do mapa "eu comentei com as meninas que, se fizéssemos cinco rounds de TR, provavelmente a gente ganharia porque a gente viu que o TR delas não era tão bom no mapa, jogavam meio perdidas. Incrivelmente virou 10 a 5 e a gente deu uma relaxada, tranquilizada porque de CT a gente já sabia tudo o que precisávamos fazer para sair com a vitória".

Olga acrescentou dizendo que uma das mudanças feitas pela FURIA de uma partida para a outra foi "o uso do meio. Até quando a gente tentava no primeiro jogo, percebemos que não tiramos informação nenhuma. Colocávamos uma ali perto, mas não dávamos combate, não smokava liga ou janela para tirar informação. Fomos facilmente lidas. Outro fator também, nos nossos treinos a gente estava acostumada com times mais agressivos e o MIBR estava segurando o bomb, dando espaço. Então, a gente tomou outra postura, jogando um pouco mais rápido. Conseguimos tomar decisões melhores, ter o controle, tirar informação delas. Fizemos o essencial, que era saber qual setup estão fazendo e onde é melhor apostarmos".

Sobre os próximos passos da equipe, segalla foi sincero dizendo estar esperando alguma notícia da WESG, mas caso não venha nada, a FURIA ainda tem pela frente uma edição da Série B.