A transferência do multicampeão elenco brasileiro da SK Gaming para o MIBR surpreendeu e, ao mesmo tempo, animou a comunidade. Entretanto, bastidores desconhecidos dessa negociação foram revelados por Marcelo "coldzera" David em podcast para o Flow Games no último sábado (12).
"A gente estava para renovar com a SK e aí acabamos se botando em uma enrascada. A gente precisava de um jogador, porque havíamos tirado o felps e queríamos o boltz, bem no final de 2017, para jogar a EPICENTER, campeonato que vencemos a VP na MD5."
"Na época, o MIBR era IMMORTALS e o dono queria cobrar muito caro pelo empréstimo, aí ele falou 'se vocês não quiserem aceitar o empréstimo, eu posso fazer uma proposta para vocês'. Por querer ter o boltz, a gente aceitou a proposta do MIBR, a SK não estava querendo comprar um jogador porque não estava com budget e a gente sabia que o time ficaria muito bom com o boltz. A gente acabou, querendo ou não, fechando um pré-contrato com o MIBR para ter o boltz, jogar o campeonato com ele e acabamos sendo campeão, não teve como voltar e assinamos com o MIBR."
O jogador da RED Canids ainda revelou que foi a melhor proposta financeira que receberam na carreira e não se arrepende da transferência. Entretanto, o período no MIBR não agradou coldzera, revelando problemas com a diretoria norte-americana.
"A proposta foi muito boa, não me arrependo, o MIBR era totalmente diferente do que é hoje em dia, que está muito mais estruturada. Antes, os donos eram americanos e não gostei de trabalhar com o MIBR na época, tinha um sueco que eu não gostava muito, era comentarista, depois virou parte da empresa, o tomi. Não gostei da filosofia deles, de como lidavam com as coisas, eram super corretos, salário em dia, nenhum problema, mas era mais o clima, colocaram um pouco de pressão em nós."
Curiosamente, o período do MIBR marcou o declínio daquele time liderado por Gabriel "FalleN" Toledo, iniciando a seca de títulos do Brasil em eventos de Counter-Strike, além dos jogadores se separando para outros projetos.