coldzera deixa em aberto possibilidade de ficar na Complexity, mas afirma: "Algumas equipes continuam conversando comigo"

Marcelo "coldzera" David vai passando por um período de transição em sua carreira. Adaptando-se à uma função totalmente diferente de tudo que já executou dentro de jogo com a Complexity Gaming, o atleta de 26 anos ainda não está certo do que o futuro lhe reserva.

Ele, aliás, disse ter "sete ou oito" propostas antes de se juntar ao esquadrão europeu comandado por seu compatriota Luis "peacemaker" Tadeu. O treinador, por sinal, foi um dos grandes responsáveis pela chegada do outrora melhor jogador do planeta.

"Muitas equipes, especialmente brasileiras, conversaram comigo sobre uma possível transferência. Ao mesmo tempo, contudo, eu queria jogar com o peacemaker. Desde o fim do ano passado falei com ele sobre isso, que queria trabalhar com ele", destaca em entrevista à HLTV.org.

"A opção que eu fiz pela Complexity foi por causa dele, com toda certeza. É um bom treinador, inteligente, que sabe como lidar com os jogadores, tirar o melhor deles e fazer com que se sintam confortáveis", enaltece.

A chegada de coldzera à Complexity viu reações mistas por parte da comunidade, que em grande parte viu nele a esperança da equipe ter uma segunda voz ativa, capaz de trazer novas ideias e impulsionar a formação rumo a voos ainda mais altaneiros.

"Muitas dessas coisas eu trago quando não estamos jogando um campeonato. Eu sempre dou boas ideias, tento criar coisas novas. Sempre digo que podemos fazer algo diferente ou acrescentar algo ao time", garante o bicampeão de Major.

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"Somos bem flexíveis, todos podem dizer como ficam mais confortáveis. Temos uma boa combinação. O blameF é o capitão, o peacemaker tem boas ideias, jks, poizon e es3tag também. Se misturarmos tudo isso, podemos criar coisas boas juntos", assinala.

Mas nem só de boas ideias vive um time de elite. Sem conseguir exibir sua melhor forma, a Complexity acabou ficando pela fase de grupos da divisão europeia de IEM Fall 2021, dando assim adeus às chances de disputar o PGL Major Stockholm 2021.

"Tínhamos alguma pressão para classificarmos ao Major e as pessoas começaram a ficar estressadas com isso. É claro que é difícil ficar de fora, mas isso nos fará mais fortes, com certeza. Queríamos estar lá, é claro, mas agora vemos maneiras de fazermos melhor nos próximos campeonatos", diz.

"Para ser sincero, todo torneio para mim é mais um. Não interessa se é um Major, DreamHack, StarLadder, é só mais um torneio. Claro que queríamos estar no Major, é triste não estarmos lá, mas ao mesmo tempo, é só mais um torneio", afirma.

O brasileiro ainda admite: "Se não classificamos, é porque não merecemos", conclui. A respeito de seu futuro, coldzera não parece fechar nenhuma porta. Quando questionado sobre a possibilidade de continuar com a Complexity, ele é direto: "Claro. Se funcionar e eles quiserem que eu fique", aponta.

"Ao mesmo tempo, verei o que acontece no fim do ano. Já tenho algumas coisas novas em mente, algumas equipes continuam conversando comigo e depois do Major, muitas delas mudarão", relembra.

"Vou dar uma chance para Complexity. Estou gostando de jogar com o time, são caras muito legais e que trabalham duro. Vou esperar e ver o que acontece ao final do ano", finaliza.