chelo avalia primeiro semestre com a FURIA e promete: "2024 será o nosso ano"

Atleta revelou as dificuldades encontradas pela equipe durante o primeiro semestre

por Douglas Demoliner / 24 de Jan de 2024 - 18:00 / Capa: Foto: Adela Sznajder/ESL

A FURIA fará sua estreia na temporada no dia 31 de janeiro, quando disputará o Play-in da IEM Katowice 2024. O torneio servirá também como preparação brasileira para a disputa do RMR Américas para o PGL Major Copenhagen 2024, que ocorrerá em março.

Após o período de férias, os jogadores já se juntaram em Malta para iniciar os treinamentos visando a temporada. Com o título da Elisa Masters Espoo 2023, conquistado ao final do ano passado, as expectativas sobre a equipe para esse ano voltaram a aumentar. Após um começo difícil para os panteras depois das chegadas de Gabriel "FalleN" Toledo e Marcelo "chelo" Cespedes, a equipe brasileira passou por mudanças internas que resultaram em resultados positivos dentro do server.

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Para fazer uma avaliação do primeiro semestre da nova line-up da FURIA e também projetar o ano de 2024, a DRAFT5 ouviu chelo. Em entrevista exclusiva, o jogador revelou os problemas enfrentados pela equipe durante o segundo semestre de 2023 e deixou claro o principal objetivo da equipe nesse início de ano: a classificação para o Major da Dinamarca.

COMEÇO CHEIO DE EXPECTATIVA

"Quando montamos o time, não só a gente, mas também toda a torcida criou um hype muito grande. E a gente acabou caindo nesse limbo de se pressionar, porque montamos um time muito forte e o objetivo era ganhar tudo. Só que fomos vendo que não é bem assim. A gente foi caindo na real, vimos que éramos somente mais um time e que não éramos os melhores. Poderíamos ser os melhores, mas estávamos no início do processo. Quando a nossa mentalidade mudou, isso melhorou nosso rendimento e conseguimos terminar o ano com um título. No fim da temporada nós encaixamos", relembrou chelo.

chelo chegou junto com FalleN na FURIA para montar a "panela" brasileira | Foto: Stephanie Lindgren/ESLchelo chegou junto com FalleN na FURIA para montar a "panela" brasileira | Foto: Stephanie Lindgren/ESL

Durante o período, a equipe também passou por uma mudança importante dentro e fora do server: a capitania do elenco voltou para as mãos de Andrei "arT" Piovezan. Para chelo, isso também influenciou na melhora do rendimento do time, já que a maior parte dos atletas estavam acostumados com tal metodologia. Não somente, mas o profissional afirmou que tal medida aumentou suas possibilidades de jogadas durante os jogos.

"Quem mais sentiu essa mudança de fato foi o FalleN, porque todos os outros já estavam acostumados com o arT dando a call. A leitura de jogo e a história que é construída durante o mapa e a mentalidade é diferente. O arT é mais agressivo e o FalleN é mais cadenciado. Para mim, o arT é o melhor do mundo nesse estilo de jogo. Ele deixa o meu jogo mais solto, porque eu consigo pegar muitas brechas que ele abre no mapa, por causa das rotações que ele cria nos CTs ou TRs. Eu me sinto mais a vontade assim", revelou.

POSIÇÕES DENTRO DO TIME

chelo chegou à FURIA para ocupar uma função ingrata dentro da equipe. Acostumado a ser um Star Player e Top Fragger por onde passou, o rifler agora tem a missão de ser, muitas vezes, o Solo Bomb do time, algo que impacta diretamente em suas estatísticas individuais. Entretanto, para ele, isso não significa nada, desde que o time conquiste as vitórias e objetivos.

"O que mais impactou foram as mudanças de CT. De TR não mudou nada, eu sigo fazendo o que estou acostumado e gosto de fazer. Eu sou muito versátil e sempre gostei de aprender. Quando eu falei com o guerri, eu disse que estava apto a jogar em qualquer função ou bomb. Para mim, estatística não muda nada, desde que meu time esteja ganhando. Se eu tiver que jogar na B da Mirage e matar 8 para o arT jogar meio e matar 30, eu prefiro jogar na B. Para mim é indiferente", comentou.

TÍTULO PARA RETOMAR A CONFIANÇA

O primeiro título conquistado pela nova line-up da FURIA em solo europeu foi a Elisa Masters Espoo 2023. A competição trouxe de volta aos torcedores e ao próprio time a confiança que parecia faltar em alguns momentos e, por que não, a esperança do torcedor para 2024.

chelo com o troféu da Elisa Masters Espoo 2023 | Foto: Petri Leppävuori/Elisachelo com o troféu da Elisa Masters Espoo 2023 | Foto: Petri Leppävuori/Elisa

"O objetivo era pegar os playoffs, mas acabou que a gente começou a desempenhar muito bem. Conseguimos resolver muitas coisas na conversa porque a sala de treinamento não era muito perto. Aproveitamos o tempo para resolver questões de conversas anteriores também. Perder os outros campeonatos, querendo ou não, nos ajudou a conquistar a Elisa", explicou.

2024: O ANO DA FURIA

A FURIA começa 2024 já com um grande desafio pela frente que será a disputa do Play-in da IEM Katowice. Sendo a única equipe brasileira no torneio, existe a expectativa de ver o Brasil disputando a fase de grupos do torneio, algo que não aconteceu em 2023.

Mesmo com a importância de um dos torneios mais tradicionais do circuito de Counter-Strike, chelo não esconde a prioridade que está traçada pelo time para o primeiro semestre: estar no primeiro Major de CS2. Com isso, o foco total da preparação está no RMR Américas que começa em março, o que não impede de a FURIA buscar um bom resultado na Polônia.

"Nosso maior objetivo no momento é o RMR e garantir nossa vaga no Major e, aí sim, começar a pensar nas fases do Major. Porque não é só pensar em ganhar, temos que respeitar os processos e as fases. Pensar objetivo por objetivo e assim você vai construindo a conquista do título. No momento, o objetivo é ganhar o RMR, porque temos que estar no Major. É o primeiro do CS2, e não podemos não estar lá. Para 2024, esse é o principal foco da FURIA", contou chelo que finaliza prometendo um ano promisso: "2024 é o ano da FURIA".

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