CEO da SK revela detalhes de saída dos brasileiros e critica: "onde está o MIBR hoje?"

Em entrevista, Alexander Müller questionou a atuação do MIBR no cenário de Counter-Strike

por Igor Oliveira / 10 de ago de 2023 - 19:55 / Capa: Adela Sznajder/DreamHack

Casa do segundo Major do Brasil no CS:GO, a SK Gaming não retornou mais ao cenário do FPS da Valve após romper com elenco brasileiro em 2018. Na época, o núcleo do elenco liderado por Gabriel "FalleN" Toledo abraçou o projeto de retorno do MIBR ao Counter-Strike.

Em entrevista recente ao dust2.com.br, Alexander Müller, CEO da SK Gaming alfinetou a decisão tomada pelos jogadores em 2018.

"A SK não estava mais apta a segurar esse super time depois de julho de 2018, fomos basicamente forçados a finalizar seus contratos. No entanto, eles fariam essa mudança para Immortals/MIBR de qualquer jeito (...) A SK estava na frente em ambiente administrativo, mas essas coisas acontecem".

"Os primeiros 18 meses foram hilários, eles simplesmente eram insanos, porém depois disso nós conversamos internamente e já no começo do ano sabíamos que eles tinham perdido isso (a boa fase). Era sempre a mesma discussão sobre dinheiro, contratos…"

O empresário afirmou que as discussões contratuais não foram para frente e a organização não conseguiria manter as operações no CS:GO. Entretanto, ele questiona sobre o que o MIBR alcançou desde então.

"Nos últimos seis meses (de SK) eles não eram mais os melhores, algumas outras equipes se aproximaram, e eles eram os culpados. Eles queriam formar esse MIBR… o que é o MIBR? Estamos sentados aqui em 2023, discutindo a marca, onde está o MIBR hoje? Eles buscam a excelência nos esports? Eles buscam ganhar campeonatos no Counter-Strike? Foi prometido para um país inteiro que eles queriam uma casa para o time e foi engraçado ver como isso se desenrolou durante os anos", comentou.

Apesar da rusga de Müller com o MIBR, o mesmo não se mantém com a região brasileira. O CEO da SK teceu vários elogios ao público de CS no Brasil e reforçou que o país se mantém no radar da empresa para ações futuras.

"Emocionalmente, a nossa conexão com o Brasil estava materializada com o pessoal lá e agora ela continua de maneira abstrata. Sempre consideramos o Brasil uma oportunidade de criar algo novo, sempre que discutimos um novo trabalho com a comunidade brasileira não tem motivo para não fazer isso. Não posso dizer quando nem com o que, porém eu nunca falaria que (contratar uma line-up brasileira) não vai voltar a acontecer. Não é a forma que trabalhamos."

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