CEO da BLAST fala sobre torneio online e interesse de “times tradicionais” de esportes

CEO destacou esforço para proporcionar melhor experiência possível da competição online

por Filipe Carbone / 04 de Jun de 2020 - 13:18 / Capa: Divulgação/BLAST
Dividido em várias partes no decorrer do ano, a BLAST Premier viveu o momento de transição entre o "estado normal" do mundo e o atual momento vivido durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em entrevista ao Daily Esports, Robbie Douek, CEO da BLAST, falou sobre a diferença de organização vivida em um torneio presencial e online, e revelou o interesse de "times tradicionais" do mundo dos esportes.

De acordo com o dinamarquês, as mudanças feitas pela BLAST para se habituar ao isolamento social surtiu um efeito inesperado. Em Londres, por exemplo, eles criaram diversos conteúdos com o West Ham, time tradicional da Inglaterra.

O interesse, no entanto, não para por aí. Cauteloso com as palavras, Douek revelou o primeiro contato de alguns times com a empresa. "Como consequência do Covid, muitos dos times tradicionais de esporte têm dito: "Queremos nos envolver no espaço. Você pode nos ajudar?". Então há muitas novidades entrando e ótimas histórias que certamente estaremos compartilhando", revelou.

TORNEIOS ONLINE E NOVOS DESAFIOS

Atualmente a BLAST vive um cenário completamente diferente do que o encontrado na Regular Season da competição, realizada entre janeiro e fevereiro deste ano. Na época, a pandemia ainda não havia tomado conta do mundo e o torneio conseguiu reunir, presencialmente, alguns dos principais times do cenário competitivo de Counter-Strike: Global Offensive.

Agora, durante a BLAST Premier Spring 2020 Showdown, o torneio foi dividido em regiões, separados por equipes da América do Norte e Europa, e estão sendo realizados inteiramente online. Por isso, Douek viveu de perto a necessidade de adaptação e mudança de estrutura entre um evento e outro.

Robbie Douek, CEO da BLAST | Foto: Divulgação/BLAST


"O desafio é você querer estar em um local para que as pessoas possam meio que tocar e sentir suas super-estrelas. Mas você não entende isso quando não está montado em uma arena. Como você desenvolve uma transmissão para que, mesmo sendo forçada em ser online, ela seja incrivelmente atraente para o espectador assistir? Estamos garantindo que você realmente tenha uma experiência online que quase espelhe o que você obteria se estivesse na arena", disse.

No entanto, apesar de todo o esforço da BLAST, as diferenças são notáveis. E não somente para o público, mas também para quem está produzindo. Isso fica claro quando o dinamarquês afirma que "na arena você sabe que está filmando um monte de conteúdo e mídia. E há várias coisas acontecendo antes, durante e depois".

Além disso, realizar a competição online aumentou, e muito, a demanda e o trabalho dos produtores da BLAST. De acordo com o CEO, "capturar a maior parte disso é difícil de se fazer". Em seguida, ele explica que "de uma perspectiva técnica, em vez de ter 25 diferentes feeds IP, você está tendo 100 IP. É muito desafiador do ponto de vista de transmissão", finalizou.

Ambas as divisões da BLAST ainda correm nesta semana e você pode acompanhar tudo pela página de "próximas partidas".
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