Anunciada no final de julho, a entrada da
NEOM na lista de patrocinadores da
BLAST está arranhando a imagem da conceituada competição de Counter-Strike. Além das severas críticas feitas pela comunidade, quatro profissionais que participam das transmissões dos torneios revelaram que não vão mais participar da liga enquanto o vínculo entre as duas empresas for mantido.
Vince Hill,
Frankie Ward,
Harry Russell, e
Hugo Byron foram os nomes que deixaram a equipe de talentos da BLAST após a entrada da NEOM como patrocinadora da competição. A ação tomada pelos profissionais é parecida com a que ocorreu no League of Legends. No MOBA da Riot Games, a empresa ligada à Arábia Saudita fechou com a liga europeia (LEC). Contudo após a repercurssão negativa o negócio foi desfeito.
Apoiado diretamente pelo governo saudita, NEOM é um projeto de uma cidade futurista estimado em mais de $500 bilhões de dólares e que será construída às margens do mar Vermelho. Para o governo da Arábia, o empreendimento é fundamental para o crescimento e diversificação econômica do país, além de colocar o país em uma posição favorável no desenvolvimento global.
Vários são os fatos que levam a comunidade criticar a ligação da BLAST com a NEOM. Em maio,
o jornal britânico The Guardian trouxe a público o fato do projeto ser responsável por desabrigar grande parte da tribo Huwaitat do território no qual a cidade será construída. Em meio ao avanço do empreendimeto, ocorreu a morte do ativista Abdul Rahim al-Huwaiti, o qual vinha denunciando publicamente como a NEOM lidava com os nativos da região.
Há ainda o fato da Arábia Saudita ser apontada como uma das nações mais ditatoriais do planeta visto a perserguição do governo a comunidade LGBTQIA+, o tratamento dado as mulheres e a intolerância as religões diferentes do Islã.
Apesar das críticas severas que vem recebendo e a saída dos casters da lista de talentos, a BLAST ainda não se pronunciou se continuará ou não parceira da NEOM.