Campeã pela INTZ, santininha festeja oportunidade em presencial: “A LAN é minha casa”

Capitã das intrépidas festeja vaga no torneio internacional e fala em alívio pela conquista

por Abner Bento / 06 de Out de 2019 - 21:49 / Capa: Rafael Veiga/DRAFT5
Pouco mais de 40 dias de trabalho e duas jogadoras que nunca disputaram um torneio presencial seriam um obstáculo para qualquer equipe, mas para a INTZ foi apenas mais combustível na grande caminhada da equipe, que virou o jogo contra a Isurus Gaming e conquistou a etapa brasileira do Girl Gamer Festival 2019.

Em entrevista a DRAFT5, Cláudia "santininha" Santini falou sobre a dificuldade até montar esse time, o alívio de voltar a ganhar títulos e o comprometimento da equipe em busca da vaga em Dubai.

"Estávamos em busca desse sonho. Demoramos para entrar no jogo nesse primeiro mapa. Sentamos, conversamos e esquecemos aquele mapa. Elas (Isurus) queriam muito, batalharam, mas nós queríamos muito mais que elas", garantiu.

Santininha foi a jogadora mais emotiva da INTZ. Na semifinal, a capitão não conteve as lágrimas após a classificação. Após ganhar o troféu neste domingo, novamente se mostrou bastante emocionada com a conquista. 

"Foi um ano e meio batalhando muito, eu e a fly estávamos há um ano e meio montando e remontando um time. No primeiro dia meu choro foi de alívio, eu via a dedicação do meu time e já ficava arrepiada desde o bootcamp. Hoje eu agradeci a Deus porque ele te dá as coisas se souber aproveitar", confessou.

Dos quatro times disputando a etapa presencial, a INTZ sem dúvida foi a com menor tempo de preparação. Isso porque a entrada de Camila “napeR” Naper e Regiane “REGIANE” Santos aconteceu há pouco mais de um mês. Sobre o pouco tempo de preparação, santininha destacou o comprometimento da equipe.

"Tivemos que encaixar as meninas em um estilo. Trabalhamos muito com nosso coach que conseguiu estudar nosso jogo e apontar o estilo que funcionava pra gente. Uma coisa que facilitou muito foi ter todas as jogadoras muito empenhadas. Essa conquista nossa mostrou como o foco pode conquistar qualquer coisa", lembrou.

Esse evento ficou marcado por ser a primeira LAN de REGIANE e Gabriela “gabee” Velasco, duas apostas da INTZ que se mostraram muito bem. Apesar disso, a capitã garantiu se sentir completamente à vontade no presencial.

"Foi o primeiro qualificatório em LAN que tivemos, a maioria sempre foi online. Fizemos o bootcamp exatamente para sair dessa zona de conforto, nos ajudou muito. Eu nasci na LAN, para mim a Lan House é minha casa. Quando ganhamos a vaga, sabia que íamos ralar muito, mas íamos ganhar", completou.

Sobre o nível internacional, a intrépida revelou acompanhar todas as equipes femininas relevantes do cenário internacional. Embora reconheça um ótimo nível das estrangeiras, mostrou confiança em sua experiência para poder ter um bom desempenho em Dubai.

"Eu sou nerdaça (risos), assisto todos os campeonatos, todos os times femininos. Conheço o estilo delas, já joguei lá fora, enfrentei várias europeias e americanas. É um estilo de jogo mais pensado que por aqui. A gente está começando esse processo. Hoje temos uns seis times que focam, que treinam. As meninas estão querendo mais agora. Costumo me preparar muito antes de jogar contra qualquer time, então acredito que vamos ir bem", afirmou.

Com o trabalho de bootcamp coroado com o título do qualificatório brasileiro, santininha espera poder repetir a preparação agora no exterior, embora os planos ainda não estejam totalmente definidos.

"Nosso primeiro passo era jogar aqui, não nos preparamos para além disso. Damos um passo de cada vez, agora com a vaga, seria muito interessante fazer um bootcamp lá fora e é uma ideia a ser estudada e vamos se Deus quiser conseguir ir", finalizou.
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