Após o
título da Intel Challenge Katowice 2019 no último final de semana, sentamos com Carolynn “
artStar” Noquez jogadora da
Team Dignitas, que comentou sobre o momento da equipe após bicampeonato, a diferença de uma organização de grande porte e do coach David "
Xp3" Garrido, além da opção de atuar em ligas mistas. Ao comentar sobre a torcida, artStar destacou a comunidade brasileira como forte apoiadora da dignitas:
"Eu sei que a comunidade brasileira no Counter-Strike é gigantesca. Especialmente os fãs da MIBR, desde que a Luminosity dominava todo mundo. A comunidade deles (os brasileiros) é muito forte e acolheadora, ter a torcida brasileira ao nosso lado, mesmo sendo um time norte-americano, é incrível. Às vezes temos fãs brasileiros torcendo para nós, o que é sensacional, sinceramente", disse.
"Seria incrível poder jogar no Brasil. Eu acho que é um dos lugares que eu sempre quis visitar, parece muito bonito e eu também amo as comidas brasileiras", brincou a jogadora. Perguntada sobre o motivo do sucesso recente da equipe, artStar destacou a função do ex-jogador David “
Xp3” Garrido que atua como coach da equipe:
"Grande parte do nosso sucesso se deve ao nosso coach, David “Xp3” Garrido. Ele tem sido nosso treinador por quase cinco anos, desde o começo da equipe, quando ela era composta por mim, Emmalee e rain. Ele nos ajuda muito a analisar os outros times e trabalhar para consertar nossos pequenos erros, então, devemos uma grande parte do nosso sucesso a ele", disse. Foto: HLTV A jogadora ainda destacou o acordo entre Philadelphia 76ers e Team Dignitas, com a equipe da NBA tendo comprado a organização em 2016:
"Outro grande fator é jogar em uma equipe que pertence aos 76ers. O time de NBA nos proporciona acesso ao complexo de treinamentos deles, então, tudo que os jogadores de NBA têm, nós temos também. Conversamos com a psicóloga da equipe, com a nutricionista, tudo isso para ter certeza que temos uma boa postura, que estamos nos alimentando corretamente e que tudo, desde o mental até o psicológico, é de alto nível. "Conversamos com a psicóloga do time, a nutricionista, com isso, prevenimos lesões, porque ao sentar na frente do computador, passamos muito tempo, o que nos deixa com uma corcunda, por isso temos que nos certificar de que temos uma boa postura, de que estamos comendo bem, que nosso psicológico está bem. Há muita coisa para se cuidar, e nós prestamos atenção em tudo, fisicamente, mentalmente. Nós realmente queremos ter a certeza de que estamos em alto nível", completou. Sobre como se sentia em relação a ser perguntada a todo momento acerca de mulheres nos esportes eletrônicos, artStar rebateu os comentários de gênero e explicou:
"Quando jogamos, nós não pensamos no nosso gênero ou no gênero dos nossos adversários. Nós apenas queremos jogar, porque nós crescemos amando o jogo. Nós tínhamos irmãos mais velhos que jogavam e, para mim, é meio que uma tradição de família. Meus irmãos jogavam isso, então eu jogava também", revelou.
"O gênero não faz muita diferença no nosso caso e é por isso que meu time compete em ligas mistas, joga todos os classificatórios abertos e faz de tudo mesmo fora de campeonatos femininos", finalizou a jogadora.
*Com colaboração de Beatriz Scavazzini e Ana Silveira, correspondentes da Draft5 em Katowice.