BLAST não convidará times russos para suas próximas competições

NAVI se salva por sede ser na Ucrânia; Gambit não tem a mesma sorte

por Cristino 'cac0' Melo / 01 de Mar de 2022 - 10:04 / Capa: Divulgação/BLAST Premier

A BLAST anunciou que não convidará equipes russas para suas próximas competições. Em comunicado emitido na manhã desta terça-feira (1º), a organizadora informou que a ação foi tomada devido aos conflitos em território ucraniano. A nota ainda ressalta que apenas clubes com sede na Rússia não serão convidados.

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"Devido aos conflitos na Ucrânia, nenhuma equipe com base na Rússia será convidada para nossas próximas competições.

Nosso classificatório do CIS foi cancelado. Pedimos desculpa aos fãs e atletas dessa região por esta decisão, mas não achamos apropriado que este torneio continue a acontecer, pelo menos agora.

Jogos eletrônicos e esports unem as pessoas de todas as raças, países e crenças. Nós esperamos que essa situação atual do mundo reflita estes valores o mais breve o possível", afirma o comunicado.

A próxima competição da empresa dinamarquesa, aliás, será a BLAST Premier Spring Showdown 2022, que será realizada no final do mês de abril. A etapa classificatória da região CIS foi cancelada devido aos conflitos, fazendo assim com que as equipes russas não possam disputar o torneio.

Foto: Divulgação/BLAST PremierFoto: Divulgação/BLAST Premier

Entretanto, ainda não está claro se equipes russas serão impedidas de se inscrever em qualquer outra competição aberta organizada pela BLAST ou que dá vaga para tal. É importante ressaltar que o comunicado cita apenas convites.

Outro ponto importante é que equipes como Natus Vincere e Entropiq, por terem sede em outros países, vide Ucrânia e República Tcheca, respectivamente, embora possuam elencos majoritariamente russos, vão receber convite da organizadora. Em contrapartida, clubes como Team Spirit, Virtus.pro, forZe e Gambit, que têm sede na Rússia, não receberão invites para os torneios.

Entenda o conflito

Os ataques da Rússia contra a Ucrânia foram ordenados pelo presidente russo Vladimir Putin, às 23h57 (horário de Brasília) do último dia 24 de fevereiro. Agências internacionais de notícias relataram que houve explosões em diversas regiões, inclusive na capital, Kiev. Segundo o Kremlin, a ação militar visa cumprir a promessa de apoiar as autoproclamadas "repúblicas de Donetsk e Lugansk" no leste, e havia reiterado que não ocuparia o território ucraniano por completo.

Enquanto isso, o exército russo progride em direção a sede do governo e baixas são contabilizadas, segundo o governo da Ucrânia mais de 300 civis já padeceram, milhares ficaram feridos e mais de 300 mil fugiram do país em meio ao conflito.

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