A BLAST revelou nesta semana que vai modificar o sistema de pagamentos a partir de 2026, integrando-o ao Valve Regional Standings (VRS). A mudança busca tornar os torneios mais atrativos para equipes e alinhar a organização às práticas de outros organizadores, como ESL e PGL, que já incluem prêmios e programas de participação na contagem de pontos do ranking.
De acordo com a empresa, o modelo atual não gera vantagens suficientes para os times, já que a estrutura de pagamentos e bonificações da BLAST não interfere no acúmulo de pontos do VRS. Esse fator tem pesado nas decisões de equipes sobre quais torneios disputar, em um calendário cada vez mais carregado.
Em entrevista ao portal Esports Insider, representantes da BLAST confirmaram que, em 2026, os pagamentos feitos às equipes passarão a contar pontos no sistema: “Fizemos mudanças no nosso circuito de 2026, no qual a estrutura de pagamentos das equipes também será considerada no VRS”, declarou a organizadora.
A BLAST reconheceu que o calendário atual de Counter-Strike 2 é apertado, com 26 torneios de nível mais alto já programados para 2026. Diante desse cenário, os times precisam escolher eventos prioritários, o que pressiona as organizadoras a oferecer condições melhores para atrair os principais participantes.
A empresa disse ainda que já comunicou as datas de eventos para 2025, 2026 e 2027, com a intenção de criar planejamento de longo prazo. Recentemente, confirmou Rotterdam como uma das cidades que receberá final presencial. Por fim, a BLAST relatou que tenta alinhar datas com outros organizadores, mas que muitas vezes não encontra abertura para diálogo.
"Tentamos conversar com outros organizadores de torneios para trabalhar juntos no alinhamento de um calendário sustentável de Counter-Strike, mas, infelizmente, não houve muito interesse nisso. Comunicamos nossas datas para 2025, 2026 e 2027 de forma clara e com bastante antecedência, para que possamos construir um plano sólido", disse a BLAST.
A introdução do VRS em 2024 transformou a forma como equipes se classificam para os principais torneios, incluindo os Majors. Além disso, desde 2025, o VRS passou a ser o único critério de seleção, após o cancelamento dos Regional Majors Ranking (RMR).
Para se adaptar a esse contexto, a BLAST implantou taxas de participação em 2025, garantindo remuneração às equipes convidadas com base no ranking. Também lançou o Frequent Flyers Programme, que distribuiu US$ 2 milhões a times que participaram de vários torneios ao longo do ano. Mesmo assim, a organizadora admitiu que o formato ainda não era suficientemente atrativo.
A organizadora afirmou que o objetivo das mudanças é melhorar a proposta para as equipes e oferecer mais consistência no cenário competitivo de Counter-Strike. Além disso, a BLAST destacou que a prioridade é manter um calendário sustentável, com espaço para todos os grandes torneios.