Solidificando-se como uma das maiores equipes da história do Counter-Strike: Global Offensive, a Natus Vincere vem vivenciando um 2021 verdadeiramente dourado e, não por acaso, recentemente pôs fim à incessante busca pelo único troféu que faltava em sua estante.
A equipe, todavia, sabe que manter-se no topo é mais difícil que chegar lá. Vivenciando de perto essa luta diária do elenco majoritariamente russo, o treinador Andrei "B1ad3" Horodenskyi enaltece seus comandados como ninguém:
"No momento, não temos medo de ninguém. Quando você está vencendo seus rivais, você ganha experiência de como batê-los, ganha confiança. É impossível ter medo depois de tudo isso", disse o ucraniano em entrevista à HLTV.org.
As recentes declarações dos atletas da Heroic acerca da equipe ser a única capaz de ameaçar o reinado da Natus Vincere, aliás, repercutiram pelo lado russo. B1ad3, entretanto, acredita que há mais gente na corrida pelo pódio:
"Não é apenas falar que eles são o único time que pode nos vencer, não é como se eles fossem nos vencer, mas eles podem, é verdade. Eles são um dos times que podem fazer isso. Devem haver três ou quatro que podem fazer isso", assegurou.
O ucraniano, aliás, dá nome aos bois: "Gambit, Heroic, G2 e Vitality, creio que sejam estes." Ele, apesar disso, sabe da capacidade do elenco que tem em mãos, mas destaca que a pressão pode tornar-se a principal rival da NAVI nessa acirrada disputa:
"Queremos vencer tudo. Sabemos do nosso favoritismo, o que nem sempre é bom porque impõe pressão. Na final do Major, tínhamos a pressão de largar atrás na Nuke, e os jogadores da NAVI não conseguem jogar tão bem sob essas circunstâncias", admitiu.
"Às vezes, ser o favorito faz com que os outros times fiquem com medo de você e te passa confiança. Queremos fechar o ano com vitória porque queremos construir a nossa era. Qualquer time quer fazer isso. Estamos no caminho", afirmou.
Analisando os dois compromissos restantes da equipe para este ano - a BLAST Premier: Fall Finals 2021, torneio em curso no qual a equipe já está garantida na final dos vencedores - e BLAST Premier: Global Finals 2021, o treinador garante que vai em busca de mais:
"Eu ficaria feliz com duas vitórias, mas mesmo perdendo um desses torneios que restam em 2021, acredito que isso nos daria uma noção do que precisamos trabalhar para o ano que vem", garantiu.
Justificando a ausência de sua Natus Vincere na IEM Winter 2021, o profissional de 35 anos ressaltou que a saúde mental é prioridade dentro da organização:
"Não é a questão de jogar campeonatos, mas sim de vencê-los. Sempre debatemos sobre esse calendário puxado, que era ainda mais maluco antes da pandemia. Não é muito saudável jogar muitas competições sequencialmente", finalizou.