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Autoridades brasileiras falam sobre realização do Major no Rio: "Não há recomendação para cancelamento no momento"

DRAFT5 conversou com Ministério da Saúde e secretarias estadual e municipal do Rio de Janeiro para saber se o Major corre risco de ser cancelado

por Gabriel Melo / 11 de Mar de 2020 - 18:54 / Capa: HLTV

Com o aumento de casos de coronavírus no Brasil e eventos de esportes eletrônicos sendo adiados ou cancelados pelo mundo dia após dia, a comunidade do Counter-Strike, em especial a brasileira, está apreensiva quanto ao ESL One Rio Major 2020. No momento, contudo, a realização do Major não está sob risco. Foi o que informaram à DRAFT5 autoridades das três esferas governamentais.


"Não há, até o momento, nenhuma recomendação para o cancelamento de eventos", afirmou o Ministério da Saúde. Resposta esta também dada a reportagem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro e pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Mesmo com os casos confirmados tendo pulado de oito para 13 nesta quarta-feira (11), a SES garantiu que o estado "ainda está no nível 0 em relação ao plano de contingência montado pela Secretaria, sendo este não um cenário para cancelar eventos ou qualquer coisa do tipo".

Nesta quarta, o governador Wilson Witzel decretou que "medidas judiciais cabíveis" devem ser adotadas pelos órgãos competente caso pacientes se recusem a tomar certas medidas. Ao G1, pela manhã, o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, afirmou que, se for necessário, "eventualmente, evitar que eventos em estádios, a gente vai proceder para garantir a saúde da população".

Ao ser questionado sobre quais cenários levariam a pasta determinar o cancelamento de eventos esportivos, tradicionais ou eletrônicos, o Ministério respondeu que "não pode responder baseado em projeções porque não sabemos como o vírus se comporta no Brasil. Não sabemos como vai ser a transmissibilidade por aqui. Por conta disso, não sabemos falar sobre projeções ou que vamos repetir medidas que acontecem na Itália, por exemplo".

O Ministério da Saúde garantiu ainda que "não existe comunicação" entre a pasta e a responsável pelo Major, enquanto SES não soube afirmar mas apontando que se a ESL "entrar em contato conosco para tirar dúvidas, vamos dar o nosso parecer quanto ao governo". Já a SMS não respondeu se há diálogo entre a secretaria e o comitê organizador.

"É temeroso a gente fazer algum tipo de programação. Os estados e municípios possuem autonomia para organizar da maneira que acharem melhor. Ainda assim, os estados e municípios seguem diretrizes protocoladas pela pasta", completou o Ministério.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o plano montado pela para o coronavírus "prevê aumento de casos" e explicou que não "há nenhuma projeção porque não há, ainda, transmissão comunitária, então não há necessidade para esse tipo de protocolo". Quanto mudanças de atitudes para prevenção de novos casos que já aconteceram, a pasta afirmou que "a partir de agora fará teste em todas as pessoas com sintomas de gripo que tenham vindo do exterior, independente do país".

"Entramos na 3ª definição de critérios de vigilância em saúde estipulada pela OMS. Quando começar a transmissão comunitária, terá outro protocolo. Não tem como fazer projeção se as coisas ainda não aconteceram. O que temos feito é se preparar para o pior", concluiu.

Ao jornalista Gabriel Oliveira, a ESL informou que o Major está mantido, com medidas extras de higiene, mas que estão sendo preparados "cenários alternativos".

"A saúde e o bem-estar de nossos fãs, equipes e visitantes são sempre a nossa prioridade. Ainda pretendemos continuar com o Major conforme planejado, mas continuaremos monitorando a situação e em diálogo com a cidade, o local do evento e as autoridades, bem como com parceiros comerciais e especialistas externos, para tomar as melhores decisões", disse a empresa em nota enviada ao jornalista.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia quanto ao coronavírus. Em balanço divulgado nesta quarta, o Ministério da Saúde confirmou 52 casos no Brasil, sendo 13 no Rio de Janeiro.
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