Após título do MEG, Ricioli projeta futuro da ODDIK: "Ganhar coisas lá fora"

Jogador também citou rivalidade saudável contra a Paquetá para o fim da temporada

Foto: Rafael Veiga/DRAFT5

A ODDIK bateu a Paquetá Gaming na grande final do MEG 2022 e faturou o torneio presencial disputado no Rio de Janeiro neste domingo (23). O triunfo do quinteto, entretanto, é visto como apenas o começo de uma caminhada de sucesso para a equipe por Felipe "Ricioli" Ricioli, capitão do elenco campeão.

A trajetória pela repescagem mostrou o poder de reação da equipe, que conseguiu a revanche na grande final justamente contra o time que levou a ODDIK para a lower bracket. Para Ricioli, esse e outros fatores fazem com que eles já estejam pensando na chance de brilhar em outros continentes.

"A gente está mais focado na BPL, que vai ser mais importante e talvez venham times de fora. Queremos focar nesse campeonato e se possível ganhar a vaga", disse Ricioli sobre a chance de ir para a ESL Pro League Conference 17. "O nosso projeto é a longo prazo. A gente não quer parar aqui no Brasil e ficar ganhando campeonatos por aqui. A gente quer ir lá para fora e conquistar as coisas lá", destacou.

Foto: Filipe Carbone/DRAFT5Foto: Filipe Carbone/DRAFT5

Apesar de todo o otimismo, Ricioli mostra que até este planejamento tem sido feito com calma. Isso porque ele lembrou do possível movimento que traria os times brasileiros de volta para o Brasil. Por isso, dão um passo de cada vez e pensam por enquanto em melhorar o nível de jogo com treinamentos realizados lá por fora. Se possível, garimpar um título ou outro.

"A ideia é jogar alguns bootcamps. Até porque talvez exista o movimento das equipes de fora voltar para o Brasil. A nossa ideia é fazer os bootcamps e jogar os campeonatos que der valendo vaga lá fora e ganhar os campeonatos lá fora", destacou.

DE OLHO NA TEMPORADA

Pouco a pouco, ODDIK e Paquetá vão construindo uma rivalidade importante para o cenário neste fim de temporada. Mesmo tendo retornado ao cenário há pouco tempo, a organização conseguiu também se mostrar como uma das mais preparadas para a disputa da próxima fase do CBCS Elite League, onde ambas passaram com três vitórias.

Consciente disso, Ricioli vê este tipo de rivalidade como "saudável", e vê como algo importante para o cenário brasileiro. Apesar de triunfar, ele ainda enxerga a Paquetá Gaming como um dos grandes adversários no próprio CBCS.

Foto: Filipe Carbone/DRAFT5Foto: Filipe Carbone/DRAFT5

"Eu acho que a gente e a Paquetá somos os times que estão no Brasil que estão melhores. Tem nomes ótimos, eles com menos tempo de time, mas a gente com bastante tempo de time. Sem dúvidas viemos como favoritos e todo mundo espera uma final entre nós e eles. Eu acho que vai ser uma rivalidade saudável. Várias finais serão entre nós e eles, então estou ansioso por isso".

ENCONTRO DE EX-COLEGAS DE TIME

Dentre as coincidências que colocam os times entre um dos melhores do Brasil atualmente está no reencontro de jogadores que tiveram lado a lado no passado. No caso de Ricioli, foi ex-companheiro de Victor "Gafolo" Andrade na SWS Gaming. Além disso, Victor "remix" Monteiro e Alexandre "ALLE" Santos  estiveram lado a lado na Liberty.

Para o experiente capitão, isso dá a oportunidade de que algumas leituras dentro da partida sejam feitas tendo a atuação dos atletas lado a lado no passado. Durante o jogo, isso cria uma espécie de jogo mental durante o confronto.

"O Counter-Strike vai atualizando, mas cada jogador tem a sua mania e o seu estilo de jogo. Conhecendo o jogador de dentro, já tendo jogado junto, traz pequenos insights que facilita a leitura tanto pra mim como capitão como jogadores em jogadas individuais. São vários mindgames para montar um plano de jogo e jogar na hora", finalizou.