Banido por pouco menos de seis meses após as investigações da
ESIC acerca do bug do coach, Alessandro "
Apoka" Marcucci foi ao
Twitter para expor sua versão dos fatos que resultaram em sua punição, colocando à disposição da
BOOM seu cargo como treinador da equipe.
Afirmando não estar ciente do exploit até o recente desenrolar dos fatos, Apoka aceitou a punição aplicada pela
Comissão, mas negou que tenha se aproveitado do bug para obter vantagem sobre qualquer equipe rival: "
É evidente que eu estava bugado até no aquecimento, e quando o jogo acaba, eu não desconecto, provando que eu não estava no meu PC em qualquer momento", defendeu-se.
Segundo a inquirição da
ESIC, o treinador brasileiro teria supostamente utilizado o bug em 2017, em partida contra a
Cloud9 válida pela
ECS S4 - NA, e 29 rounds, também contra a equipe norte-americana, mas pela
ECS S5 - NA. Em ambas as ocasiões, Apoka representava a
Luminosity Gaming.
"
Existem ao menos dez rounds onde fica claro que eu poderia ter ajudado o time, mas isso não acontece", crava o treinador. "
Se você analisar o jogo onde o bug aparece, você pode ver que eu estou na mesma câmera durante todo o jogo", afirmou.
Pelo auxílio nas investigações, Apoka teve sua pena aliviada em 85% | Foto: Igor Bezborodov/StarLadder
Além destes dois supostos abusos, outros quatro de um round de duração foram listados pela
Comissão de Integridade dos Esports. Tais resultados proveriam ao brasileiro a punição máxima de 36 meses, mas por conta de sua colaboração com as investigações, Apoka teve a pena reduzida em 85%, resultando em pouco menos de 6 meses de gancho.
O brasileiro, inclusive, já teria checado ambas as demos e constatado a ocorrência do bug em ambas as ocasiões, o que lhe levou a crer que as duas partidas foram disputadas diretamente da gaming house da
Luminosity em solo canadense, o que segundo Apoka, representaria sua ausência perante o computador durante ambos os confrontos.
Em sua defesa, Apoka afirma que geralmente não permanece na frente do computador durante as partidas, fato que segundo ele, tem o respaldo de que seu mouse não se movimenta durante as partidas apresentadas pela
ESIC como provas concretas.
"
Eu estou profundamente aborrecido por isso, mas não por causa de minha consciência - porque tenho 100% de certeza que nunca usei nada para ganhar vantagem. Tenho sido um treinador profissional por mais de 18 anos. Organizei torneios no Brasil e sou parte ativa do cenário por mais de 20 anos. Acredito que ao menos algumas pessoas que estão lendo saibam da minha natureza, dentro e fora do jogo", declarou o treinador.
Apesar de ter aceitado a punição, Apoka nega qualquer abuso | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5
"
Infelizmente, essa punição ocorre por conta de um bug do qual a maioria dos treinadores sequer sabia da existência, e não porque eles quiseram tirar vantagem disso", alega Apoka. Mesmo concordando com a punição e parabenizando o trabalho da
ESIC, o brasileiro ressaltou que "
o método de punição deveria se basear na vantagem obtida".
Finalizando seu comunicado, Apoka anunciou: "
Não estarei como coach do time e meu cargo fica à disposição da BOOM e dos jogadores. Foi incrível passar esse ano com esses jogadores e realmente agradeço a Deus por ter tido o privilégio de fazer parte disso", comunicou o mandatário. Assim, a equipe passa a ter a seguinte escalação:

Marcelo "
chelo" Cespedes

Gustavo "
yel" Knittel

Bruno "
shz" Martinelli

Ricardo "
boltz" prass

João "
felps" Vasconcellos
Logo nas primeiras horas desta segunda-feira (28), a Comissão anunciou punições direcionadas a 37 treinadores de todo o mundo, os quais incluem o próprio
Apoka, além de diversos outros brasileiros, como Nicholas "
guerri" Nogueira, da
FURIA, Ricardo "
dead" Sinigaglia, ex-
MIBR, Bruno "
ellllll" Ono, da
paiN, Henrique "
rikz" Waku, da
DETONA, e Pedro "
peu" Lopes, da
W7M.