Apoka fala sobre campanha do G3X FC na Kings World Cup e renovação com Kelvin e Andreas

Integrante da comissão técnica falou sobre a preparação, seleção de jogadores e da importância de todos os jogadores durante a campanha da equipe no México

por Douglas Demoliner / 18 de Jun de 2024 - 17:00

Nota do editor: Entrevista gravada antes da renovação do G3X com Kelvin e Andreas.

A participação do G3X FC na Kings World Cup fez com que toda a comunidade do Counter-Strike se unisse aos apaixonados por futebol em uma única força para apoiar a equipe brasileira em busca do título da competição. Torcida essa que foi aumentando gradativamente durante a campanha da equipe no mundial.

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No início desacreditada, com muitos pensando que o time entraria na competição pelo "conteúdo", o que se viu foi um empenho geral, desde a diretoria até os jogadores, para que o troféu viesse para o Brasil. Com Victor "VelhoVamp1" Taube sendo o escolhido para ser o treinador, os jogadores do G3X FC foram selecionados a dedo para mostrar ao mundo a força da mistura brasileira.

Integrantes do chat, motoristas de aplicativos, jogadores da várzea, "entusiastas da bola", profissionais do FUT7 e ex-profissionais do futebol de campo, formaram o elenco responsável por ir em busca do sonho brasileiro de ser campeão mundial. E com certeza, essa mistura, foi o que deu a liga necessária para a campanha de extraordinária feita pela organização.

O auxiliar técnico do G3X FC, Alessandro "Apoka" Marcucci, conversou com a equipe da DRAFT5 e fez uma avaliação completa sobre a participação da equipe no presidida por Alexandre "Gaules" Borba no torneio.

Na conversa, ele revelou bastidores do draft, expectativas pré e pós Kings World Cup e claro, como foram feitas as pesquisas para chegar até o nome de Andreas e Kelvin Oliveira, o K9, para o acerto com o G3X. Além disso, também falou sobre o quão importante foi a presença de Bruno Agnello na equipe. Aliás, Agnello que foi a primeira escolha de Gaules para a equipe, mesmo que ocupasse uma das três vagas de estrelas do time.

G3X FC ficou com o vice-campeonato da Kings League World Cup Divulgação/Kings League

"Uma das nossas estrelas era o Agnello por um pedido do Gau e por desejo nosso. Porque desde que ele chamou eu e o Velho Vamp para o projeto ele deixou muito claro que o G3X seria isso. Seria uma forma de unir a Tribo e todo mundo que está em nossa comunidade e, com isso, não faria sentido não ter o Agnello no time", comentou Apoka ressaltando o quão preparado o ex-jogador estava para a Kings World Cup.

"O pessoal não tem ideia do quanto ele se preparou para a competição. Desde o dia 1 do projeto ele já começou a sua preparação física e adaptação do futebol de campo para o FUT7. E tudo isso foi visto quando ele jogou, sofrendo o pênalti e dando uma assistência linda na semifinal", comentou Apoka.

Para formar o elenco e contratar os jogadores, Apoka e Velho Vamp fizeram uma longa pesquisa de mercado e análise. Tudo para que se fosse possível ter à disposição um selecionado capaz de competir pelo título. A formação do grupo foi feita em etapas de draft que, segundo o auxiliar técnico, não teve toda a concorrência esperada, mas que foi o suficiente para a escolha das peças que seriam utilizadas no México.

"Fizemos a pesquisa e, inclusive, tem muita gente que está seguindo de volta e mandando mensagem agora, talvez tenham perdido a oportunidade, mas ninguém aqui é orgulhoso e jogadores bons sempre são bem-vindos no G3X. Principalmente com esse mundo de Kings League sendo aberto aqui no Brasil", revelou.

Sobre as contratações de Andreas e K9, a pesquisa já foi mais tranquila por se tratar de nomes profissionais e jogadores que são muito conhecidos no mundo do futebol sete. Inclusive, Apoka ressalta que os dois nomes eram justamente os primeiros da lista de preferências. O que ajudou muito no quesito complemento de equipe.

Além de tudo isso, é importante ressaltar que o comprometimento de ambos atletas foi algo que deixou a comissão técnica muito feliz com as escolhas. Principalmente porque Andreas é um jogador que teve o seu passe comprado pelo G3X e K9 pelo seu status de melhor jogador do mundo da categoria.

"Existem muitos bons jogadores. Inclusive os jogadores da FURIA também estavam em nossa lista. Mas sendo sincero, a gente teve exatamente o primeiro e segundo que nós queríamos. Nós conversamos e decidimos: as peças que precisamos são o Kelvin e o Andreas", afirmou Apoka que completa.

K9 depois do gol que garantiu o G3XFC nas quartas de final Divulgação/Kings League

"Eu acho que o mais surpreendente sobre o Kelvin foi o quanto ele comprou a ideia do projeto. O quanto ele respeitou a gente. O quanto ele assumiu o protagonismo dentro e fora de campo. Isso foi muito importante para toda a campanha".

"E sobre o Andreas, ele é um cara que é muito parecido com o K9 nessa questão extracampo. E dentro de campo, ele foi muito humilde ao entender o brilho dele não seria apagado pelo Kelvin. Ele é um jogador completo, tem um físico e resistência para correr o jogo todo até maior que a do Kelvin, tanto que nos últimos jogos ele foi tão decisivo quanto, marcando gols importantíssimos para nós. Estamos muitos com nossas escolhas", reafirmou.

Ainda sobre as estrelas da equipe, agradecendo ao presidente Gaules, Apoka já deixou claro que os contratos estão renovados para a sequência do projeto.

"Os contratos estão renovados. Há alguns pontos para acertar com o Kelvin, mas no caso do Andreas ele é o nosso único jogador contratado em definitivo. Nós o contratamos já pensando na Kings League Brasil em 2025. E o K9 tá na mão do Gaules, mas vai dar tudo certo porque faltam detalhes", brincou.

Para fechar, Apoka fez um avaliação geral do evento. Em sua visão, a Kings World Cup foi um sucesso dentro e fora de campo para todos brasileiros que gostam de futebol e que consomem os conteúdos de esportes eletrônicos.

"Foi um campeonato que vendeu muito para o Brasil. O país comprou a Kings League pelo o que ela é, da mesma forma que os espanhóis. Ela é uma união do futebol com essa criação de conteúdo digital e uma certa gameficação com cartas, mudança de números de jogadores. Existem coisas que acontecem no jogo, como os acréscimos, que precisam passar por revisão da organização e a própria forma em que ocorre o Final Four, com mais tempo de descanso para os dois times para que não haja prejuízo físico na final", finalizou.

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