5 grandes momentos dos playoffs do Major de Austin

Da paiN batendo a FURIA ao vilão apEX, etapa decisiva foi recheada de grandes histórias

Foto: Michal Konkol/BLAST.tv

O BLAST.tv Austin Major 2025 chegou ao fim na noite do último domingo (22) com a Vitality sendo coroada campeã em solo norte-americano. Muito além do título, elencamos 5 grandes momentos dos playoffs da competição, os quais você confere abaixo.


BEM-VINDOS AO NOVO

Seria difícil começar de outra forma que não falando do confronto que marcou o encontro entre duas gerações do Counter-Strike brasileiro, a velha guarda de Gabriel "FalleN" Toledo e a "escolinha" de Rodrigo "biguzera" Bittencourt.

Apesar da ampla experiência pelo lado da FURIA, melhor para os novatos da paiN, que suportaram bravamente a pressão do 7-1 no terceiro e decisivo mapa da série e, por mais que tenham deixado o jogo se arrastar à prorrogação, por lá venceram e marcharam rumo às semifinais.

Jogadores de FURIA e paiN se cumprimentam após embate nas quartas | Foto: Michal Konkol/BLAST.tv

O confronto, aliás, foi o primeiro entre duas equipes brasileiras na etapa decisiva do maior campeonato da modalidade na história. No fim das contas, melhor para os estreantes no principal palco do cenário mundial.

Assim definiria Jorge Iggor: "O tempo, implacável, impossível de deter, de evitar sua passagem, ele chega, ele sempre chega. São os novos tempos. E a canção já dizia: o novo sempre vem. Bem-vindos ao novo."


NÃO TÃO S1MPLES...

O novo sempre vem e isso ficou evidente quando a FaZe Clan de Oleksandr "s1mple" Kostyliev, mesmo com todo apoio da torcida norte-americana, não foi párea para a The MongolZ.

Com o jovem Usukhbayar "910" Banzragch colocando o astro ucraniano no bolso, ficou difícil para que os europeus encontrassem alternativas para vencerem o ascendente esquadrão asiático.

Nem mesmo o agente especial s1mple foi capaz de parar a The MongolZ | Foto: Stephanie Lindgren/BLAST.tv

Depois da calmaria proporcionada por um desempenho fenomenal no Stage 3, veio a tempestade mongol que rendeu um choque de realidade ao três vezes melhor do mundo.


A HISTÓRIA SENDO ESCRITA

Embora não fosse um grande azarão, especialmente após a definição do chaveamento da etapa decisiva, a The MongolZ cresceu de produção na hora certa para eliminar FaZe Clan e paiN no caminho até a grande final do campeonato.

A equipe não só foi a responsável por colocar um país inteiro no mapa do Counter-Strike ao longo das últimas temporadas, como se tornou a primeira oriunda do continente asiático a alcançar a decisão do principal torneio da modalidade.

The MongolZ chegou a colocar uma mão na taça | Foto: Michal Konkol/BLAST.tv

Inspirada pela épica trajetória da Luminosity de FalleN e, em especial, Fernando "fer" Alvarenga, cuja história se repetiu na forma de 910, a The MongolZ pode não ter angariado o tão sonhado título como fizeram os brasileiros, mas certamente conquistou a simpatia do público.

De todo modo, houve muita festa na Mongólia, especialmente quando a equipe ficou a um mapa de levantar o troféu mais cobiçado do cenário mundial. Quem sabe numa próxima...


FIM DE UMA LENDA

Peter "dupreeh" Ramussen não poderia pensar em um lugar melhor para declarar encerrada sua carreira como jogador que não o principal palco do cenário mundial de Counter-Strike.

dupreeh chorou copiosamente ao anunciar a aposentadoria | Foto: Stephanie Lindgren/BLAST.tv

O anúncio da aposentadoria tornou-se ainda mais poético por ter sido feito ao lado do troféu mais cobiçado dentre os jogadores. dupreeh ostenta cinco desses no currículo.

Não à toa, o ex-Astralis, Vitality e Falcons não foi capaz de conter a emoção de encerrar uma das mais vitoriosas carreiras - e discutivelmente a mais condecorada - da história do FPS da Valve. Já te falei sobre como o tempo é implacável?


O GRANDE VILÃO

Inquestionavelmente um dos maiores personagens da história do Counter-Strike, Dan "apEX" Madesclaire fez jus ao posto ao assumir o papel do grande vilão do Major de Austin.

Historicamente alvo de cantos não lá muito carinhosos por parte da torcida norte-americana, o francês fez de tudo para despertar a ira do público que lotou o Moody Center na etapa decisiva do torneio.

A máscara do vilão, apesar disso, tão logo caiu quando a conquista foi sacramentada pelas mãos do veterano de 32 anos, destaque da Vitality na finalíssima: "Foi uma alegria enorme jogar aqui. Eu amo ser o vilão, amo que você mandem eu me f####."

Da mesma forma que o novo sempre vence, sobrevive quem melhor se adapta e o francês tem feito isso com maestria, passando de um dos melhores entry fraggers do mundo para um dos melhores capitães da história e vencendo Majors na duas funções.

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